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No 5º dia de manifestação, Teresina tem tarde pacífica e trânsito caótico

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Os manifestantes que protestam contra o aumento do valor da passagem de ônibus e pela forma como foi feita a integração do transporte coletivo de Teresina se mobilizaram mais uma vez nesta sexta-feira (06), completando o 5º dia de protestos na rua da capital. Ao contrário dos dias anteriores, a tarde foi de atos pacíficos e controlados.

Fotos: Daniel Cunha

O fluxo de veículos foi bloqueado pelos manifestantes em alguns trechos da avenida Frei Serafim, sem qualquer intromissão por parte dos homens da Polícia Militar, forçando os motoristas a tomarem desvios em algumas vias da avenida. A Superintendência de Transportes e Trânsito - Strans - bloqueou ruas com cones, carros e motos, orientando os desvios aos condutores. No final da tarde, vários pontos de congestionamento foram registrados nas saídas do Centro da capital. A ausência de ônibus também dificultou a volta para casa.

Diferentemente dos outros quatro dias de protestos, não foram contabilizados danos ao patrimônio público durante a tarde, nem aos veículos de transporte público (que não circularam pela avenida Frei Serafim), e também não houve confrontos entre os manifestantes e a polícia militar. Nos últimos dias, a PM chegou a prender jovens envolvidos nos atos. A derrubada da decoração natalina e a incineração de um ônibus são investigadas. 


Para alguns manifestantes, o movimento está mais organizado, menos disperso, e isso favoreceu a garantia da paz durante o evento. “As pessoas estão mais juntas, todos estão tendo uma maior participação, até os motoristas estão colaborando bastante”, confirma o professor Landerson Rodrigues, de 25 anos.

Para outros, a forma ordeira e pacífica da manifestação se deu pela mudança de abordagem dos policiais em relação aos manifestantes. Dérik Stéfano Morais, estudante de Jornalismo de 20 anos, ao comprar a manifestação de hoje com os tumultos e confrontos ocorridos ontem (05), atribui à maneira como o movimento foi tratado pela PM de Teresina. "Acho que é uma postura da própria polícia. Ontem por volta das 14h a polícia chegou batendo. É uma reação que junta o preço das passagens com a truculência. Não adianta a polícia perder o controle e querer que os manifestantes o mantenha”.


Alguns motoristas, que mesmo sendo obrigados a desviarem suas rotas ao trafegarem pela principal avenida da cidade aprovaram a forma como se desenvolveu a manifestação nesta sexta-feira. “Está tudo calmo, muito tranqüilo”, confirma a professora e psicanalista Lídia de Noronha Pessoa, de 55 anos.

Da Redação
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