O ex-ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega, afirmou na noite desta quinta-feira (11) em Teresina, que o cenário é favorável para a vitória da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), na disputa pela Presidência da República em outubro, mas advertiu que existe chance de virada. As declarações surgiram durante o evento que comemorou os 40 anos da Convenção de Dirigentes e Lojistas do Piauí - CDL.

Para Nóbrega, ministro no final dos anos 80, Dilma tem a boa situação econômica e o carisma e popularidade do presidente Lula ao seu lado. Isso também deixa o governador de São Paulo, José Serra (PSDB) em desvantagem já que ele considera que Serra "tem dificuldade de construir um discurso". 

Do lado contrário, segundo o ex-ministro, Dilma não tem carisma e experiência. Além disso, não aguentaria "trombadas" e corre o risco de cometer declarações infelizes em momentos de pressão. E os tucanos podem usar argumentos dos Direitos Humanos pregados pelo presidente Lula, e que estariam sendo descumpridos, para atacar a candidata favorita. 

Mas Maílson da Nóbrega ainda brincou, e encontrou desvantagem nos dois candidatos: "Se for por beleza, nenhum dos dois ganha". 

Na visão do ex-ministro, a oposição fará uma chapa "puro sangue" no âmbito nacional, e terá o governador de São Paulo e o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, como candidatos a presidente e vice, respectivamente. 

Maílson da Nóbrega aponta Dilma Rousseff como favorita, mas vê a eleição como indefinida. Para ele, há chance de uma virada, que depende da campanha eleitoral. 

O certo, segundo o ex-ministro, é que não haverá mudanças na economia do país com a vitória de um dos dois. "Agora uma coisa é certa ao eleitor: a política econômica não muda. Não vai haver retrocesso", declarou.