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Nova rebelião estoura na Custódia; Pavilhões foram quebrados

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Atualizada às 10h30

Segundo apurou o Cidadeverde.com, os presos do pavilhão B foram controlados. Nos outros pavilhões ainda possuem muitos focos de incêndio, o que está dificultando a entrada dos policiais. 



Atualizada às 9h59

O coordenador de Operações da Polícia Militar, coronel José Albuquerque, saiu por volta das 9h56 de dentro do prédio e solicitou mais algemas para o comandante da Companhia de Policiamento Trânsito, major Adriano Lucena, que está do lado de fora. Mais viaturas chegam ao local. 

Fotos: Evelin Santos/Cidadeverde.com

O diretor administrativo do Sinpoljuspi, Cleiton Holanda, afirmou que o sindicato irá solicitar a exoneração do secretário de Justiça, Henrique Rebelo. Ele afirma que o episódio da Casa de Custódia é o pior de todos os tempos e foi tudo causado por má administração. 

“Houve um erro em trazer os presos de Esperantina que já haviam se rebelado contra a superlotação para cá. Eles acabaram incentivando e provocando a ira dos demais. Eles trouxeram o combustível e o fogo. Queremos a saída do secretário porque não tem competência e nem controle para administrar o sistema prisional”, afirmou Cleiton Holanda.


Ele afirmou que hoje pela manhã teve novo motim, por volta das 8h30, além de já ter passado a noite com conflitos.  

O Sinpoljuspi afirmou que a Casa de Custódia tem capacidade para 330 presos e estava com 790 e ontem recebeu mais 40 de Esperantina e 15 mais das delegacias, totalizando 845 detentos. 

Atualizada às 9h30

A polícia está cercando o prédio da Casa de Custódia, inclusive com a Cavalaria que acabou de chegar. O coordenador de gerenciamento de Crises, tenente coronel Felipe, disse que ainda há alguns pontos com incêndio e que a polícia está conseguindo controlar aos poucos. 


Atualizada às 9h20

O Cidadeverde.com apurou que os detentos se revoltaram por conta do cardápio que há três dias, arroz branco com sardinha. Eles quebraram grades e paredes. 


O diretor de presídios, capitão Anselmo Portela retornou ao local por volta das 9 horas. 

 
Atualizada às 8h47

O coordenador de Operações da Polícia Militar, coronel José Albuquerque, acabou de entrar na Casa de Custódia e confirmou que durante toda a noite houve rebeliões e que a situação é grave. 


Segundo apurou o Cidadeverde.com, os presos conseguiram chegar até o parlatório onde ficam as visitas e é possível ver pedras voando de dentro para fora, após os tiros que seriam dados com armas de borracha. 

“Houve um novo principio de rebelião e estamos fazendo um novo reforço na unidade. Vamos fazer uma avaliação para ver que providências vamos tomar”, destacou o coronel Albuquerque. 

A todo momento chegam reforços policiais: Moto Rone, viaturas da Companhia do Promorar, do Ronda Cidadão, do Bope e do Batalhão da Rone. 


Nos pavilhões há sinais de fumaça e os policiais estão no teto. Do lado de fora é possível escutar bombas de efeito moral e tiros de balas de borracha. Essa nova confusão de agora começou por volta das 5 horas da manhã.

De acordo com o vice-presidente do Sinpoljuspi, Wellington Rodrigues, a situação está fora de controle. Todos os detentos estão soltos e não há mais divisão entre os pavilhões. 

“Todos os pavilhões são um só, porque há buracos entre um e outro. Todos os detentos estão livres e tivemos que colocar os presos do pavilhão A na cozinha. Está tudo fora de controle e o risco  maior é deles saírem, porque são 900 homens”, afirmou o agente penitenciário. 


O caos já vinha sendo denunciado pelo Sinpoljuspi, segundo Wellington Rodrigues, por conta da superlotação e dos detentos estarem reclamando da comida e tudo só piorou com a vinda de 50 presos do presídio de Esperantina. 

Na cozinha há entre 20 e 30 presos que oferecem menor potencial ofensivo e os de crimes considerados “especiais” como estupro. 

A dona Joana Portela está aos prantos na frente da Custódia, porque não consegue ter informações do filho dela que está preso por furto, no pavilhão B.


“Passei a noite toda sem dormir, até conseguir alguém que me trouxesse para cá. Os agentes disseram que lá está um tumulto, todos os pavilhões estão juntos e o tempo todo a gente ouve tiros. Eu preciso saber como está o meu filho. Ele deviam divulgar pelo menos uma lista com feridos”, destacou.


Flash de Carlos Lustosa 
Redação Caroline Oliveira
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