O padre da cidade de Amarante, Raimundo Neto, pediu proteção à Polícia, na tarde de hoje (18), e prestou queixa-crime por ameaças de morte que vem sofrendo desde o início da semana. Amigos estão fazendo a segurança pessoal do pároco, temendo que ele seja assassinado a qualquer momento.

 

 "Ontem me telefonaram de um número não identificado, e ao atender uma pessoa me disse que eu havia falado demais e que minha hora vai chegar", denuncia o pároco que não pode sequer celebrar suas missas na zona rural sem a "escolta" de amigos que fazem a sua segurança. "Na minha casa ontem dormiram quatro pessoas, todas preocupadas com a minha vida", explicou.

Segundo informações colhidas pelo Cidadeverde.com, populares estão usando armas de fogo artesanais para proteger aquele sacerdote, mas Raimundo Neto nega. "Não ia nunca admitir alguém armado, ainda mais ilegalmente. Mas não posso negar que não utilizem paus, porretes, pedras", afirma o padre.

Raimundo Neto diz que a cidade não tem lei e que todos estão com medo em Amarante. De acordo com o padre, ninguém pode tecer qualquer comentário a respeito do prefeito Luís Neto que é tido como inimigo pessoal, e que sofre retaliações sérias do grupo político que comanda a cidade.

 

 

"Estamos vivendo o absolutismo. Eu estive com um grupo de vereadores, e estamos estudando uma forma de buscar justiça, só falta mesmo o Prefeito chamar para si, também, o poder divino, com na época do absolutismo. De uma só vez fui ameaçado pelo líder do governo, vereador José Orlando, o advogado do prefeito, e o seu motorista. O advogado ainda disse que iria me processar porque cobrei justiça no  meu sermão da igreja. Pensa que eu sou idiota". Finaliza o padre de Amarante, Raimundo  Neto.