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Pesquisa da Embrapa/PI busca preservar “abelhas indígenas”

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O estudo é assinado pela pesquisadora Fábia Pereira e realizado pela Embrapa Meio-Norte. O objetivo é preservar e conhecer melhor as chamadas “abelhas indígenas” sem ferrão nativas do Nordeste responsáveis por até 60% da polinização de ecossistemas da região.
 
 
As abelhas são criadas em caixas de madeira. O objetivo é criar um banco de germoplasma com colônias vivas mantidas em colmeias padronizadas. A pesquisa já é desenvolvida há seis anos e reúne, principalmente, abelhas tiúba, uruçu-amarela e jandaíra.
 
Os insetos são conhecidos como indígenas por serem criadas antes mesmo da chegada dos portugueses ao Brasil. É o único com espécies da região e foi montado a partir de doações de apicultores. Em contrapartida, a equipe técnica oferece treinamentos aos produtores.
 
"Esse banco é uma arma estratégica da ciência para repovoar a fauna do Nordeste brasileiro, no eventual risco de extinção de espécies nativas locais", diz a pesquisadora Fábia Pereira. Se necessário, o repovoamento será feito a partir da distribuição de colmeias aos apicultores nas regiões afetadas. A primeira função é ajudar na preservação, mas o principal objetivo inclui conservação e documentação dos recursos genéticos para disponibilização ao público-alvo.
 
Como consequência, o estudo também avalia a arquitetura das colmeias e o mel produzido. 
 
Unidades demonstrativas são mantidas nos municípios de Uruçuí e Guadalupe, no sudeste do Piauí, e em Araioses e São João dos Patos, no leste do Maranhão. 
 
 
Importância para a polinização
As abelhas sem ferrão são responsáveis pela polinização de até 60% das plantas da Caatinga, o Pantanal e Mata Atlântica. "Elas executam importante função na perpetuação da floresta e sua biodiversidade, como polinizadores e parte integrante da teia alimentar", ressalta.
 
Mais de 400 espécies de abelhas sem ferrão são conhecidas no Brasil. Elas apresentam heterogeneidade na cor, tamanho, forma, hábitos de nidificação e população dos ninhos. "Embora vantajosa, a criação racional dessas abelhas é dificultada pela escassez de informações biológicas e zootécnicas. Muitas nem sequer foram identificadas".
 
Da Redação
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