Os promotores Ubiraci Rocha e Eliardo Cabral serão alvos de ações impetradas por delegados da Polícia Civil. A informação é do delegado Thiago Dias, presidente do Sindicato dos Delegados de Carreira do Piauí, que disse que serão ações individuais e coletivas. 

As ações serão de danos morais por conta das declarações dos promotores sobre o trabalho desenvolvido pela Polícia Civil durante o início das investigações do caso Fernanda Lages, encontrada morta no dia 25 de agosto do ano passado. A Comissão Investigadora do Crime Organizado (Cico) ficou no caso durante 60 dias e concluiu que foi morte violenta sem apontar culpados. 

“Eles falavam que o trabalho da polícia civil era mal feito, que era sucata, falavam em tráfico internacional de mulheres, queima de arquivo. Não existe prova que aponte para isso, tudo baseados em boatos. Que existia figurões, políticos e agora estão retrocedendo, dizendo que tem 33% para isso 33% para aquilo. Isso prova que não tinha base em nada, era tudo falácia”, destacou o delegado. 

Além das ações individuais por danos morais que pedirá indenização, os delegados vão entrar com ações coletivas pois consideram que toda a corporação de Polícia Civil foi atacada e ainda entrarão com ações nas corregedorias do Ministério Público Estadual e Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).  “Nas corregedorias queremos que sejam apuradas as condutas dos promotores e queremos uma sanção disciplinar”, destacou o delegado. 

De acordo com o Thiago Dias, o sindicato só vai esperar a conclusão do caso por parte da Polícia Federal para impetrar as ações. “Qualquer que seja o resultado da PF vamos aguardar a conclusão para impetrar as ações”, destacou.