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Polícia investiga se falso olheiro abusou de adolescentes no PI

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O delegado geral de Polícia Civil, James Guerra, afirmou que a polícia do Piauí está investigando se os abusos sexuais cometidos pelo falso olheiro do futebol em Sergipe também aconteceram em São Raimundo Nonato. Caso tenham ocorrido, a polícia local abrirá novo inquérito.

Fotos: Evelin Santos / Cidadeverde.com

Ontem (22), a polícia tomou conhecimento de que oito adolescentes, de idade entra 13 e 14 anos, estavam sendo sexualmente molestados por um homem que prometia transformar meninos pobres de São Raimundo Nonato em grandes craques de futebol. Os jovens foram levados para a cidade de Nossa Senhora da Glória, em Sergipe, e eram mantidos em alojamento de uma suposta escolinha de futebol.

James Guerra destacou que as famílias foram iludidas pela esperança de mudar de vida e orientou os pais a evitarem este tipo de situação. "Os pais acreditam no potencial do filho para o futebol e acabam entregando ele a pessoas estranhas, com a ilusão de ganhar dinheiro. É preciso se informar a respeito das pessoas que ficarão responsáveis pelos jovens. Pesquisar sobre sua profissão, saber se existe um contrato e se este está registrado em cartório. A maior parte desses crimes pode ser evitada através da informação", explicou.


O delegado acrescentou ainda que os adolescentes piauienses vítimas do abuso serão recambiados para o Estado.

Caso do mecânico

James comentou também sobre o caso do mecânico Constâncio Ferreira Calaço, 44 anos, preso hoje (23) por estuprar a filha há pelo menos oito anos. 

"Esse caso de estupro começou há muito tempo, mas apenas agora veio à tona. A denúncia foi feita por uma tia, após a menina ter saído da casa dos pais. Os abusos começaram quando a vítima tinha oito anos e durou até os 16. Essa situação nunca foi tratada dentro de casa como se merecesse atenção", contou o delegado.


James também orientou os pais a evitarem os casos de estupro. "Na maioria dos casos, o autor dos estupros é o pai, depois o padrasto, em seguida um outro familiar e depois uma pessoa diferente do convívio de casa. Só em último caso a vítima é atacada na rua. Os pais têm que se atentar para esta situação. A criança que é vítima de violência leva esse trauma para a vida toda", detalhou.

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Jordana Cury


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