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Por suspeita de erro médico, corpo de bebê é exumado no Promorar

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O corpo de um bebê recém-nascido foi exumado no final da tarde desta quinta-feira (13) no cemitério do bairro Promorar, zona Sul de Teresina. A criança morreu durante o parto e a polícia investiga se houve erro médico nos procedimentos.


A mãe, Sandra Maria Ferreira Dias, 33 anos, acompanhou toda a exumação ao lado do marido, Washington Luís Ferreira de Sousa, 48 anos. Os exames foram realizados pelo médico legista do IML Antônio Nunes, na presença do delegado do 13° DP, Antônio Carvalho. O corpo foi retirado da sepultura e após os exames, que foram feitos no próprio cemitério, foi devolvido para o caixão e sepultado novamente.

Fotos: Helder Sousa 

Os prontuários médicos da mãe e os exames realizados na exumação serão analisados durante a investigação. Sandra denuncia que foi vítima de negligência médica na Maternidade Dona Evangelina Rosa, no dia 31 de janeiro, quando deu entrada com perda de líquido amniótico.

Ela teria dito aos médicos que durante a gestação foi acometida pela Síndrome de Guillain-Barré, uma doença rara que provoca enfraquecimento e paralisia dos músculos, especialmente das pernas.


A mãe, que é auxiliar de departamento pessoal, estava com oito meses de gestação e garante que solicitou aos médicos que verificassem sua ficha para tomarem conhecimento da doença, que arriscaria a vida da criança e dela caso o parto fosse normal. 

"Mas eles disseram que tinham que seguir um protocolo ético e primeiro tentariam o parto normal. Apenas se não houvesse reação, é que poderiam fazer a cesariana", explicou a mãe.

Alívio

Sandra declarou ao Cidadeverde.com que foi uma sensação de alívio conseguir que a justiça apurasse o caso. "Foi uma sensação de conforto e alívio ver que a justiça está agindo. Espero que seja comprovado o erro médico. Caso o resultado seja positivo, entraremos na Justiça para que sejam tomadas as medidas legas", disse.

Washington acrescentou que o Boletim de Ocorrência do caso foi registrado no 13° DP, após uma funcionária da maternidade negar a entrega do prontuário médico de Sandra. "Apenas no distrito recebemos maiores informações. Se soubéssemos como proceder, teríamos levado nossa filha primeiramente para o IML".

Sandra disse ainda que, desde que registrou denúncia na Ouvidoria, está recebendo acompanhamento da Maternidade Dona Evangelina Rosa. "Eles passaram a me dar retorno, mostrando assim que estão trabalhando no caso. Já fui chamada para tirar copias de algumas documentações e esta semana recebi uma ligação informando que seria feita uma reunião de ética e em breve eu receberia uma resposta".

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Jordana Cury (da redação)
Cida Cardoso (do local, especial para o Cidadeverde.com)
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