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Praga na lavoura de soja faz Piauí iniciar combate em 25 municípios

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A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Piauí (Adapi) declarou como zona interditada a região de 25 municípios para que seja combatida a praga Helicoverpa armigera, uma lagarta que se espalha pelas lavouras de grãos do Brasil e já afeta a produção de soja na região dos cerrados.

Fotos: Fabiano Bastos/Embrapa

A portaria declara como zona interditada os municípios de Porto Alegre do Piauí, Antônio Almeida, Landri Sales, Ribeiro Gonçalves, Uruçuí, Sebastião Leal, Baixa Grande do Ribeiro, Alvorada do Gurguéia, Palmeira do Piauí, Currais, Bom Jesus, Redenção do Gurguéia, Monte Alegre do Piauí, Santa Filomena, Gilbués, São Gonçalo do Gurguéia, Corrente, Sebastião Barros, Cristalândia do Piauí, Barreiras do Piauí, Piracuruca, Regeneração, Guadalupe, Jerumenha e Marcos Parente.


Nas cidades listadas, a Defesa Sanitária Vegetal deverá adotar medidas para combater a praga. Entre as ações emergenciais está o uso de agrotóxico com a substância Benzoato de Emamectina, cuja utilização já foi motivo de ação judicial na Bahia. Em portaria publicada no Diário Oficial de segunda-feira (30), a Adapi lista uma série de exigências para autorizar a aplicação do produto.

Segundo o Ministério da Agricultura, os primeiros relatos sobre a praga foram feitos em dezembro do ano passado. Só depois de muitos estudos, a Embrapa conseguiu identificar qual espécie de Helicoverpa estava gerando os prejuízos. Desde então, além da Bahia e Piauí, já existem ocorrências no Paraná, Mato Grosso e Distrito Federal.

Uma das dificuldades para o combate é a resistência da Helicoverpa armigera, que fica no solo mesmo na mudança entre uma safra e outra. Resitente a inceticidas, também tem alta capacidade de se reproduzir e se adaptar a diversos ambientes. Feijão, algodão e milho também podem ser atingidos.

"No Piauí ela foi detectada no ano passado e os produtores já estão preocupados com o que aconteceu na Bahia. Nós não temos a dimensão (dos danos), mas na Bahia foi um prejuízo de mais de R$ 1 milhão", declarou ao Cidadeverde.com o diretor-geral da Adapi, José Antônio Filho.

O diretor acrescenta que está sendo montada uma força tarefa com Ministério da Agricultura, Embrapa, Fetag, SDR, Emater e outros órgãos para controlar a situação. "A praga não se erradica. Nós temos que controlar, conviver com ela, para que ela não venha a inviabilizar o nosso agronegócio", concluiu José Antônio Filho.


Fábio Lima
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