O procurador eleitoral do Piauí, Alexandre Assunção e Silva, classificou como “ato imoral” e “condenável” a prática de dividir mandatos no Estado. O método foi assumido pelo atual prefeito da cidade de São Julião, José Neci do (PT).
Yala Sena/Cidadeverde.com
O gestor revelou nesta semana à TV Cidade Verde que a prática é comum no município e que ele possuía acordo com o vice-prefeito, Francimar Pereira, acusado de encomendar a morte do ex-vereador Emídio Reis. Cada um ficaria dois ano no poder.
“Eu só tenho a lamentar que políticos no Piauí façam isso. É um ato imoral e condenável. A pessoa abdicar de parte do mandato que foi eleita para cumprir todo é lamentável. Fico triste que o eleitor ainda continue a eleger políticos com essa prática”, disse o procurador.
Segundo Alexandre Assunção contra a prática não cabe ação eleitoral, mas ação por ato de improbidade administrativa por violação ao principio da moralidade. Ele explica ainda que a postura não está prevista como crime eleitoral e não há como entrar com ação eleitoral civil já que a posse ocorreu há dois anos.
“A ação eleitoral tem prazos pequenos, no máximo 15 após a diplomação. Mas esse é um caso para ser apurado pelo promotor de justiça. É preciso investigar como esse acordo foi feito e que condições considerou”, explica o procurador eleitoral.
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Flash Yala Sena
Redação de Lívio Galeno