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Procurador da Câmara é preso acusado de agredir a própria mulher

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Um procurador da Câmara Municipal de Teresina foi preso na noite desta quinta-feira (15) acusado de agressão contra sua mulher no bairro Novo Uruguai, zona Leste de Teresina. Robert de Sousa Figueiredo foi levado para a Central de Flagrantes, onde prestou depoimento ao delegado de plantão, Francisco Rodrigues. Ele foi enquadrado na lei Maria da Penha.

Fotos: Yala Sena/Cidadeverde.com

O Ronda Cidadão Leste recebeu a denúncia e efetuou a prisão do procurador. Ele vive maritalmente há dois anos e cinco meses com Lia Raquel de Sousa Silva, 45 anos, que teria sido ameaçada de morte pelo companheiro.

A advogada Ana Maria Castro, da comissão de prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB/PI - acompanha o trabalho da polícia na Central de Flagrantes. 


Lia Raquel prestou depoimento e conversou com o Cidadeverde.com. Abalada, chegou a chorar enquanto falava com a equipe e não quis que seu rosto fosse fotografado. Mas mostrou o braço roxo com marcas de agressões. Ela fará exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal. 

Segundo Lia, que também trabalha na Câmara Municipal, o problema começou por volta de 15h. Ela conta que chegou a esconder uma garrafa de uísque, pois Robert estaria bebendo desde cedo. No entanto, teve de devolver a garrafa após gritos e ameaças do companheiro. 

Mesmo entregando a bebida, Lia relata que o acusado começou a gritar palavras de baixo calão. "Arrebentou a porta de casa com chutes, quebrou computador", denuncia. "Ele gritava: - eu sou advogado. Ele estava totalmente descontrolado". A

Lia Raquel afirma que o episódio se repete pela segunda vez, mas é a primeira que ela registra queixa. "Eu espero que acabe finalmente. Eu quero paz. Não dá mais certo", afirmou a funcionária, acrescentando que Robert já teria quebrado três telefones celulares em momentos de descontrole. 


Delegacia da Mulher
Por telefone, a delegada Vilma Alves, titular da Delegacia da Mulher Centro, falou com Lia Raquel e disse que irá atendê-la e acompanhar o caso pessoalmente. Para ela, é um exemplo claro de que a violência contra a mulher não tem classe social, faixa etária ou estrutura econômica intelectual. "É um absurdo esse tipo de atitude. É uma prova visível, palpável, materializada, de que a mulher é vista como coisa e que deve submissão ao homem".


Yala Sena (flash da Central de Flagrantes)
Fábio Lima (Da Redação)
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