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Promotor diz que Marcelo Castro tentou lhe intimidar na investigação

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O promotor Eliardo Cabral reafirmou na manhã desta segunda (24) informação de que teria sofrido tentativa de intimidação por parte do deputado federal Marcelo Castro por conta do Caso Fernanda Lages. Ainda segundo Eliardo, o Ministério Público Estadual vem fazendo uma investigação paralela para esclarecer "pontos obscuros" em relação a investigação da polícia e deverá, ao final dessa semana, denunciar três homens por envolvimento com o crime.





Eliardo avalia que o deputado teria agido com "arrogância intimidatória". "Confirmo. O que é de domínio público não precisa de provas. É público e notório as façanhas do deputado. Primeiro ele se insurgiu contra um jornalista e por fim vem praticando atos para embaraçar essa investigação, criando obstáculos. Foi à mídia, com arrogância intimidatória e enviando recado a promotor de justiça como se promotor de justiça tivesse medo de coronelismo. Resta saber a quem ele está querendo proteger. Ele não faria isso a troco de nada", declarou, em entrevista ao Notícia da Manhã.


Depoimentos


Sobre os depoimentos tomados durante a semana passada no Ministério Público, o promotor Ubiraci Rocha informou que a intenção foi esclarecer "pontos obscuros" em relação ao que está sendo apurado pela polícia civil.





Já para o promotor Eliardo, os pedidos de depoimentos pelo MPE foram "provocados por uma grande desilusão" em relação ao trabalho da polícia, que "não está sendo feito como se deve".


Os depoimentos da mãe do engenheiro Jivago Castro, Bizet Castro, e sua namorada, Valéria Macedo, foram satisfatórios.


"Gostaria muito de até sexta fornecer os dados à promotora geral para ela divulgar ou não. Nós ficamos até agora aguardando que o secretário de Segurança faça, acredito que seria uma honra para ele, uma entrevista coletiva, apresentar os nomes dos assassinos", afirmou.


Jivago


Segundo o promotor Eliardo, os depoimentos da mãe e da namorada de Jivago foram muito satisfatórios. Porém, Eliardo afirmou que "nunca foi cogitado ele estar na cena do crime", portanto, o álibi apresentado não interfere no resultado da investigação.





"Álibi em relação a esse cidadão é fogo que não queima. O trabalho resultará no indiciamento de pelo menos três homens. Um homem sozinho não conseguiria levar Fernanda à cena do crime. Então, dois homens pelo menos estavam no local e um outro estava dormindo em algum lugar de Teresina", finalizou.


O perito Antonio Nunes está na Paraíba recebendo os resultados dos 20 exames de DNA coletados de pessoas que possivelmente estivessem na cena do crime. O engenheiro Jivago Castro cedeu voluntariamente material genético para exame. Os resultados devem chegar até amanhã, prazo final para o inquérito.



Leilane Nunes
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