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Promotor do caso Fernanda divulga poema sobre morte no Facebook

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O promotor Eliardo Cabral, que juntamente com o colega Ubiraci Rocha, acompanha as investigações do caso Fernanda Lages, realizadas pela Polícia Federal há mais de dez meses, usou sua página pessoal na rede social Facebook, para escrever o que foi considerado pelos internautas como um “desabafo” sobre a morte da estudante de 19 anos, que completou um ano no dia 25 de agosto sem uma conclusão. 

O promotor fez um “poema”, usando analogamente a rima presente na letra de Caetano Veloso, da música Cajuína. Nos últimos dias, a hipótese que foi suicídio tem causado grande repercussão na sociedade. Os promotores continuam acreditando que a estudante teria sido assassinada. 


Na última sexta-feira(31), após se reunir com Procuradores da República, o promotor comparou o caso a um crime "perto do perfeito" e lastimou a falta de informações. "Infelizmente ainda se pratica no Piauí crimes perto do perfeito. Queremos ser otimistas, pois entendmos que a Justiça é para todos, mas não é assim", refletiu. 

Duas horas depois que o status foi atualizado, neste domingo(02), a mensagem já havia sido compartilhada por mais de dez pessoas e pelo menos 57 pessoas já haviam comentado. Uns acreditam que é uma antecipação do resultado que a PF deve apresentar nos próximos dias. 

Confira na íntegra as palavras do promotor: 

“Eliardo Cabral
Uma menina nordestina, a quem será que se destina? Arremessada lá de cima, sob olhares mais em cima, a quem será que se destina a morte dessa menina? De cajuína a creolina, a investigação não determina, o resultado é fedentina. A quem será que se destina? Poderosos sem retina, não enxergam sua própria ruína. Até quando ô catilina, suportar-se-á. Tanta propina? Assassinos que parecem gente fina. De cajuína à cocaína, a quem pertence o seu destino?
Elocrubações de mentes cerebrinas decidirão sobre o assassinato da menina. Nunca se viu tanta pele fina, nem tanta água pouco cristalina. O Senhor dos olhos lá de cima, de santas retinas, sabe a que tudo isso se destina. O sangue da menina clama em toda Teresina.”

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Caroline Oliveira
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