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Protesto: 6 são presos no ato contra reajuste da passagem em Teresina

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Após oito horas de protestos com o fechamento das avenidas Maranhão e Frei Serafim, estudantes desocuparam as vias e seguiram na tarde desta segunda-feira (29) até a Central de Flagrantes, onde seis manifestantes estavam presos. Todos protestam contra o aumento da passagem de ônibus de Teresina, majorada de R$ 1,90 para R$ 2,10 em decreto da última sexta-feira que passou a valer já no sábado. 

Fotos: Thiago Amaral/Cidadeverde.com


Os manifestantes saíram em caminhada da avenida Frei Serafim e fecharam a rua Coelho de Rezende no quarteirão em frente à Central de Flagrantes. Eles ficaram em pé aguardando a liberação dos presos. 

De acordo com o delegado Antônio Marques, os jovens foram levados pela polícia e não passaram pelo exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal. Ele confirmou que seis pessoas foram detidas, entre elas uma mulher e dois menores de idade. Os nomes não foram informados. 



Ampliada às 18h10
Quatro maiores de idade foram liberados às 18h05min, entre eles Enio Mesquita, 18 anos, aluno de História da UFPI. Ele informou ter sido preso pelo RONE e não ter sofrido agressões. 


Já Camila Carvalho, 25 anos, estudante de Filosofia da UFPI, reclamou. "Fui tratada com muita violência na hora da prisão. Fui presa na hora da dispersão e o policial do RONE já chegou me puxando pelo pescoço". Segundo ela, policiais apresentaram duas pedras de asfalto e perguntavam se alguma estava em poder deles. Ela negou ter pego as pedras e que tenha jogado alguma nos ônibus durante a manifestação. 


Os pais dos dois adolescentes foram chamados para uma conversa na delegacia. Os jovens foram liberados em seguida. 

Antônio Marques informou que aguardava um outro delegado chegar para discutir como seria resolvida a situação. Ele acrescentou também que os ônibus atingidos por ovos e que tiveram pneus furados e vidros quebrados não passaram por perícia. Os veículos teriam sido levados para a garagem de cada empresa.


A mãe de um aluno de 17 anos, que não quis se identificar, informou ter visto o filho na cela, com queimaduras no rosto e no tórax provocadas por spray de pimenta. "Quero ver quem agrediu a Polícia Militar quando fizeram a greve. Eles fazem o movimento deles, mas não aceitam o movimento dos outros. Isso é crime. O que eles fizeram foi agredir menores de idade", desabafou.

Estudantes da União da Juventude Socialista - UJS -, Ação Popular Social - APS -, e da Executiva Nacional de Estudantes de Comunicação Social - Enecos - participaram do movimento, mas afirmam que a manifestação é "sem bandeiras". 



Há perspectiva que a manifestação seja retomada na próxima quinta-feira. 



Jordana Cury (especial para o Cidadeverde.com)
Fábio Lima (da Redação)
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