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Protesto contra integração de ônibus atrai poucos manifestantes no centro

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O protesto dos estudantes contra a implantação do sistema de integração de transporte coletivo, em Teresina, iniciou com a presença de poucos manifestantes. O movimento está concentrado na Praça do Fripisa, centro da cidade, e deveria percorrer logo em seguida a avenida Frei Serafim.

Fotos: Jordana Cury/Cidadeverde.com

Apesar da presença de carro de som e representantes de movimentos sociais, a quantidade de pessoas não chega a uma centena. Organizadores cancelaram a caminhada pela Frei Serafim, mas revelam que este protesto é apenas uma advertência e, em fevereiro, serão feitos novas passeatas com o retorno dos estudantes das férias.

Homens da Polícia Militar e da Rone (Rondas Ostensivas de Natureza Especial) estão na Praça do Fripisa por medida preventiva, afirma o comandante da PM, Coronel Albuquerque. Segundo ele, são cerca de 50 policiais na tentativa de manter a integridade física dos manifestantes e do patrimônio público. 


No local, bandeiras do PSTU, Anel, ação Popular Socialista, Conlutas, Movimento Popular de Resistência entre outros. Os estudantes são contra o aumento da passagem para R$ 2,10, e cobram a reativação das paradas na Frei Serafim e bairros, municipalização do transporte, além de passe Livre para desempregados e estudantes.

Segundo os manifestantes a integração é uma farsa. "Temos que nos unir. O prefeito está tentando nos enganar com essa falsa integração. Isso nunca foi integração porque em lugar nenhum esse sistema permite pagar alguma coisa pela segunda passagem", disse o desempregado Emanuel de Alencar, 47 anos.


Por meio de gritos de protesto, alguns estudantes acusam a Strans de implantar câmeras na Frei Serafim com o objetivo de identificar os manifestantes. “Mas, ninguém vai impedir o avanço do povo organizado”, alertou um dos membros do protesto. 

O professor e um dos líderes do movimento Conlutas, Daniel Solon, informou que o movimento não é contra a integração, mas pela maneira como foi colocada. “É um bombom envenenado, queremos um preço barato e apenas uma passagem para fazer a integração porque do jeito que está, quem não utiliza a integração não foi beneficiado e ainda vai pagar R$ 2,10", disse.

Daniel Solon acrescentou que foi um processo feito às pressas, sem diálogo com a população sobre as linhas que necessitavam da integração. “Foi feito tudo às avessas", disse.


Usuários avaliam protesto
Nas paradas de ônibus da praça do Fripisa, a equipe do Cidadeverde.com perguntou aos usuários de ônibus, a opinião deles sobre o movimento. A estudante Nádia Silva, de 20 anos, argumenta que é um movimento precipitado. "Eu não faria movimento nesse momento. Deixaria para protestar caso o sistema não desse certo ou se a prefeitura não cumprisse a promessa de integração completa até junho. Isso sim seria motivo para manifestação". 

Já a funcionário pública Maria Nadir, 34 anos, é a favor do protesto. ela acredita que os recursos aplicados pela Prefeitura na mudança da cor dos ônibus e na contratação de técnicos da Strans deveriam ser poupados para garantir a gratuidade da 2ª passagem. 

Flash de Jordana Cury
Redação de Thiago Bastos
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