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Protesto pode ocorrer sem obstrução da avenida, diz coronel Júlia

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A tenente-coronel Júlia Beatriz Almeida, do gerenciamento de crises da Polícia Militar do Piauí, falou nesta quinta-feira (12) sobre as manifestações que vem ocorrendo em Teresina desde o dia 2 de janeiro. Em entrevista ao Jornal do Piauí, a tenente esclareceu alguns pontos sobre a missão da polícia nos protestos e como os manifestantes devem se portar a fim de evitar confrontos.

Evelin Santos/Cidadeverde.com

De acordo com a policial, a principal função da PM nesses casos não é a repressão, e sim manter o equilíbrio entre as partes, evitando qualquer dano aos que de alguma forma são influenciados pelo ato.

“É uma missão muito difícil manter esse ponto de equilíbrio. Garantir que a manifestação aconteça, garantir o direito de ir e vir das pessoas e garantir a integridade das pessoas e dos policiais também”, ressalva a tenente-coronel Júlia Beatriz.


Questionada sobre o possível uso excessivo da força na manifestação da última terça-feira (10), a tenente afirma que a ação da polícia foi legítima. “A grande maioria se dispersou e ficou apenas um grupo menor. Havia uma cobrança de que eles não permanecessem na via. A ação da polícia é legítima, quando se faz uso da força. Nós passamos a tarde negociando, quando não foi mais possível, fizemos uso da força”, explica Júlia Beatriz.

A tenente-coronel do gerenciamento de crises diz ainda que os excessos por parte dos manifestantes acontecem principalmente por causa de uma minoria. “O movimento é popular, não se pode impedir que as pessoas se mobilizem. Encontramos todo tipo de pessoas, até mesmo aquelas que estão lá para atrapalhar o próprio movimento, indivíduos que inclusive incitam a violência”.


A fim de evitar confrontos, a tenente Júlia dá algumas instruções aos manifestantes do movimento: “se eles se mantiverem unidos, como ocorreu ontem (11), eles nos dão a garantia de que tudo está ocorrendo bem. Não estaremos lá para coibir, mas para que tudo ocorra dentro da normalidade, inclusive acompanhando eles na própria via”. No dia em questão, os estudantes fizeram passeata ao invés de ficarem parados na avenida Frei Serafim.

Daniel Cunha (especial para o Cidadeverde.com)
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