O psicólogo Eduardo Moita afirmou que Débora Santos Cunha, 34 anos, pode ter sofrido um surto, que resultou no sequestro do recém-nascido ontem (4), dentro da maternidade do bairro Satélite.

"Para ter certeza, não bastam os vizinhos opinarem sobre a personalidade dela, é necessária uma análise de especialistas. Mas, algumas mães que perdem filhos na gestação têm dificuldades em aceitar", explicou o psicólogo, em entrevista ao Jornal do Piauí desta terça-feira (5).

Para Eduardo, a acusada não agiu de má fé. "Foi uma tentativa de reparar uma perda, ela queria saciar o desejo gerado pela ausência e perda do filho. Mas, isso não a torna menos criminosa. Ela deve responder legalmente, mas terá que fazer um tratamento, ser analisada por especialistas", argumentou.

O psicólogo ressaltou ainda que Débora Santos premeditou o crime. "Ela preparou a situação, escolheu uma roupa para ir à maternidade. Não foi algo de repente", finalizou.