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"Psicopata pode enganar a polícia e a família", diz neuropsicólogo

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O neuropsicólogo Eduardo Moita, que tem um trabalho científico sobre psicopatia, comentou hoje (29), em entrevista ao Jornal do Piauí, as circunstâncias em que se deram a morte da estudante Fernanda Lages e as consequências para a sociedade e famílias envolvidas.

Fotos: Thiago Amaral / Cidadeverde.com


Segundo o neuropsicólogo, pelas características, não se trata de um caso de suicídio por conta da violência do ato. As circunstâncias, avalia Eduardo, levam a crer que foi um homicídio bárbaro, um crime cruel.


Psicopata


Eduardo traçou o perfil de uma pessoa com características de psicopatia. Ele afirma que são pessoas dominadoras, que demonstram agressividade. "Todo psicopata é um potencial criminoso. Ele sabe que é errado e mesmo assim comete o crime e não demonstra nenhuma culpa. Sendo assim, em não tendo culpa, ele pode enganar a polícia, ele não demonstra nada", relata Eduardo.


Reflexos do crime na sociedade


O neuropsicólogo declarou ainda que esse tipo de crime, com alto teor de violência, causa comoção social e as pessoas acabam se envolvendo, formando opiniões e até apontando culpados.


"Atribuo a grande comoção à violência, as pessoas tentam entender o que se passa. As pessoas vão ouvindo e interpretando. Nesse momento é interessante as pessoas entenderem que não podem fazer especulação com nome de ninguém porque há consequências. É um crime bárbaro e que vai ser descoberto. As pessoas têm prazer em fazer especulação e isso tem muita semelhança com a fofoca. Essa moça tinha uma família, o pai e a mãe são prejudicados porque eles que tão sofrendo. Em busca de um resultado as pessoas conjecturam possibilidades. O ser humano é capaz de muita coisa boa e ruim e esquece que além de prejudicar a pessoa tem a família", comentou.


Leilane Nunes
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