Cidadeverde.com

Reconstituição com boneco é adiada devido a atrasos na cena do crime

Imprimir
O perito do Instituto Médico Legal (IML), Antônio Nunes, revelou que a reconstituição desta madrugada sobre a morte da estudante de Direito, Fernanda Lages Veras, reafirma a tese de que a estudante morreu da queda, na altura de 27 metros. Ele descartou a tese de que teria sido morta antes de cair ou ser jogada do prédio do Ministério Público Federal, na avenida João XXIII. Antônio Nunes é o mesmo que fez a perícia no dia do crime. 


Antônio Nunes declarou ainda que seria muito difícil Fernanda ter subido sozinha."Se ela conhecesse o prédio antes poderia ter subido sozinha. Se não, é muito difícil", afirmou. O perito revelou também que foram encontradas várias lesões no corpo da vítima, o que eles chamam de "lesões por desaceleração", inclusive cranianas.


Os peritos verificaram, durante a simulação, se essas lesões foram feitas durante o trajeto dentro do prédio e se coincidiam com material encontrado no interior da construção.


"Ela morreu lá embaixo. A causa da morte foi politraumatismo, isso está claro. Mas tem que saber se foram feitas lesões antes da morte", explicou.


Fotos: Thiago Amaral/Cidadeverde.com

Para o IML, as lesões encontradas no corpo da Fernanda eram compatíveis com o local do prédio. A reconstituição fez três simulações no prédio do MPF: uma dela sozinha se jogando, outra com ela e uma pessoa a jogando e a terceira com duas pessoas jogando ela. Na simulação, uma policial do Rone interpretou Fernanda, usando inclusive um vestido parecido e o sapato vermelho. 

Simulação com uma pessoa jogando Fernanda

Simulação a estudante se jogando sozinha

Simulação com duas pessoas jogando a estudante

Boneco

Durante os trabalhos desta madrugada, os policiais e peritos que participaram da reconstituição só refizeram os passos da estudante até a cobertura do prédio. A simulação usando o boneco na queda foi adiada, devido ao horário. “Esta reconstituição foi concluída às 7h35, enquanto que o crime ocorreu entre 5h30 e 5h40, houve esse atraso devido à logística das simulações”, justifica Antônio Nunes. 


Segundo ele, o laudo do IML conta politraumatismo. No dia também foram colhidas amostras da pele, do fígado, da saliva, do sangue na coxa, da vagina, olhos e cabelos, que foram enviadas para o Instituto de Criminalística da Paraíba. A previsão é que o resultado chegue hoje à noite e amanhã estará à disposição da polícia. 


O secretário de Segurança, Raimundo Leite, disse que foi uma reconstituição esclarecedora e que os peritos é que vão determinar se haverá necessidade de nova reconstituição. 



Flash de Yala Sena
Redação Caroline Oliveira
Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais