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Reginaldo Rossi abre shows na 62ª Expoapi e critica "Esse cara sou eu"

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Ainda era noite de quarta-feira (5) quando o Rei do Brega subiu ao palco da 62ª Expoapi e fez o grande público cantar em coro grandes sucessos como "Garçom", "A Raposa e as Uvas", "Ex-my Love", da cantora Gaby Amarantos, e até mesmo "I Will Survive", de Gloria Gaynor. Bastante irreverente e um verdadeiro galanteador, Reginaldo Rossi interagiu com a plateia e falou sobre mulheres, drogas,  censura, relacionamentos, sexo e aproveitou para dar uma alfinetada na música de outro Rei, o Roberto Carlos. 

Raoni Barbosa/Revista Cidade Verde.com

“É um prazer  imenso voltar a Teresina. Aqui tenho  muitos amigos e é uma alegria voltar a esta terra. Não vi aqui para ser estrela, mas para cantar para vocês”, revelou o rei do Brega. 

A cada canção apresentada, Rossi discursava para os fãs e era aplaudido a cada nova história e música cantada. Sobre o ‘segredo’ de se manter na fama por mais de quatro décadas, o Rei explica que o sucesso é bregar’.


“Somente aqui no Brasil existe esta frescura de cantar sofisticado. A Bossa Nova para mim é uma bosta. Para fazer sucesso a música tem que ser simples como acontece por exemplo com algumas músicas do rei Roberto Carlos ou mesmo com Gaby Amarantos, com Waldick Soriano e com o Rossi. Tem que atingir o público porque se não ninguém entende. Quem não bregar tá morto”, revelou ao Cidadeverde.com. 

Entretanto, Rossi afirmou que o novo sucesso de Roberto Carlos, "Esse Cara Sou Eu", está longe das grandes canções do rei da música brasileira. "Apesar disso, é uma música que fala diretamente com o povo e, por isso, faz sucesso", declarou. 

Sobre projetos futuros, o cantor se restringiu a falar sobre os seus antigos sucessos, que ainda permanecem ‘vivos’ em diferentes gerações. 

“Às vezes a gente lança um CD e as pessoas querem ouvir apenas determinada canção. Música boa não tem idade e músicas como ‘A dama de vermelho’, 'No Woman No Cry', Bob Marley e outras boas músicas jamais serão esquecidas. Musica boa não tem letra”, conta. 


Reginaldo Rossi também fez questão que a iluminação da plateia ficasse acesa durante boa parte da apresentação, o que permitia um contato ainda maior com a legião de fãs que lhe mandavam bilhetes lidos durante o show.

Ao cantar “A Raposa e as Uvas”, o Rei disse ainda que a música o faz lembrar de sua adolescência e revelou que com educação, conversa e bom humor conquista-se qualquer mulher. Sobre o grande sucesso “Garçom”, Rossi relembrou que a música foi gravada na época da ditadura e aproveitou para defender e enaltecer as mulheres novamente.

“Garçom foi feito para defender as mulheres porque em matéria de amor homem é safado, mentiroso, infiel e frouxo. Homem só quer ser o gostosão. Homem adora botar chifre e morre de medo de ser corno. Todo castigo para corno é pouco. Quem pega chifre tem que beber a noite toda, dormir a tarde, e a noite ir à casa da amada, pedir para volta e dizer que a ama”, brincou em alguns momentos do show.


O  final do show Reginaldo Rossi foi marcado no compasso das marchinhas de carnaval, onde o Rei falou sobre sua experiência musical por todo o país e também no exterior e reiterou o carinho por sua região: “Não abro mão de ser nordestino”. 


Graciane Sousa (Especial para o Cidadeverde.com)
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