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Reportagens fazem reflexões sobre o rio Poty; veja cobertura

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Como uma mãe que alimenta o filho, o rio Poti é fonte de vida para Teresina desde o início do seu povoamento. Hoje, não tem mais forças. A cada ano, na época em que o tradicional B-R-O-BRÓ castiga, a capital piauiense vê seu leito tomado por aguapés, canaranas, esgoto despejado sem qualquer preocupação. Neste aniversário de 161 anos de Teresina, a TV Cidade Verde propõe uma reflexão sobre o que estamos fazendo com o rio Poti. A jornalista Nadja Rodrigues sobrevoou toda a extensão do rio, desde a nascente, no Ceará, até Teresina.

Reprodução/TV Cidade Verde

É de cima que podemos ver que as nascentes lutam bravamente para resistir à ação humana e continuar banhando tantos municípios castigados pela seca, ao longo dos seus 450 km de extensão. 


"A TV Cidade Verde mergulhou no Poti para mostrar a valentia do rio. É o Poti como você nunca viu", ressalta Nadja Rodrigues.


O Poti nasce na cidade de Quiterianópolis (CE), na zona rural, em local de difícil acesso, na Serra da Ibiapaba. Uma das nascentes fica próximo a paredões de rochas, de beleza incomparável.


É do alto também que o telespectador pode ver o açude Colinas, que tem capacidade para armazenar 3,250 milhões de metros cúbicos de água e hoje está totalmente seco. A reportagem mostra a labuta da vegetação para sobreviver.

Uma indústria de beneficiamento de minério de ferro se instalou no local e promete investir R$ 1 bilhão até 2014. Porém, o desenvolvimento tem custado caro para o meio ambiente. A empresa afirma que está fazendo replantio de mudas nativas, mas as imagens aéreas mostram que ainda há uma área que precisa de mais cuidado, principalmente por conta da proximidade com o leito do rio. Nesta área a vegetação está seca. O pouco que sobra se ergueu em cima do leito do Poti.


Daí a viagem segue por Novo Oriente, onde a população reclama da retirada de água do açude Flor do Campo para o açude Carnaubal, em Crateús. Eles temem que a diminuição da profundidade acarrete na mortandade de peixes e desabastecimento, além de outros problemas ambientais. 


Depois disso o sobrevoo segue por Betânia até chegar ao cânion ou boqueirão, onde o Poti ganha água e, depois de passar por tanta seca, chega imponente, límpido, com volume suficiente para percorrer boa parte do Piauí.


Tanta beleza dá lugar a preocupação. É em Teresina que o rio sente o efeito da mão humana, com a ação das dragas, do desmatamento, do esgoto que é despejado diariamente. E as danosas consequências já viraram tradição. Todos os anos os dejetos ocasionam um espetáculo de agonia. A chegada dos aguapés, das canaranas e de tudo que elas representam. É a certeza de que temos um rio em perigo. 


Nadja Rodrigues percorreu, com a ajuda do Corpo de Bombeiros, todo o trecho compreendido entre a Floresta Fóssil e o Encontro dos Rios.


E é no Encontro dos Rios que a viagem acaba. Nadja Rodrigues mostra que é possível caminhar pela faixa de areia que separa as duas águas, como um retrato da degradação, e deixa uma reflexão para os teresinenses. 

Confira a cobertura completa 



Leilane Nunes
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