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Rios diz que pode dar parecer sobre Caso Fernanda em 24 h

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O deputado estadual e ex-secretário Estadual de Segurança Pública, Robert Rios Magalhães, afirmou que se tiver acesso ao inquérito da morte da Fernanda Lages dará um parecer em 24 h.

Thiago Amaral/Cidadeverde.com

"Se me derem uma cópia, eu posso analisar o inquérito e dar minha opinião em 24 horas. Só tenho acompanhado o caso através da imprensa e não vou me manifestar irresponsavelmente", declarou o deputado quando foi hoje depor na sede do Ministério Público Estadual para os promotores Eliardo Cabral e Ubiraci Rocha, promotores que acompanham  o caso da universitária.

O deputado chegou por volta das 10h para prestar depoimento. Na chegada, ele disse que não tinha obrigação de ir prestar o depoimento, mas foi convidado.

Para Robert, se a polícia ou o Ministério Público já sabem quem são os responsáveis pela morte de Fernanda Lages já deveriam ter pedido a prisão, não importando a família a quem pertença o suspeito.


O deputado declarou também que se ainda tivesse à frente da Secretaria de Segurança teria conduzido o inquérito de forma diferente. "Não sei se melhor ou pior, mas seria diferente", disse.

Robert comentou ainda que não entende o por quê da dúvida se foi homicídio ou suicídio. Na sua interpretação, o local em que ocorre um homicídio é diferente do de um suicídio.

Ele disse ainda que o MPE não tem o papel de investigar, mas sim atuar junto com a polícia solicitando diligências e declarou que o promotor Eliardo Cabral estaria se promovendo com a atuação no caso.
Atualizada às 11h30

Durante o depoimento, os ânimos ficaram acirrados quando o deputado Robert Rios disse que não iria responder as declarações do promotor Eliardo Cabral a uma emissora de TV, que fez um desafio a Robert para que fosse prestar depoimento.

O promotor disse que sabia que o parlamentar tinha o "pavio curto" e Robert disse que Eliardo poderia pensar que ele seria igual ao advogado Nazareno Thé. "Nazareno tem um lado definido, que é o de defesa, e eu não tenho lado", declarou.

Os dois alteraram o tom de voz, mas relembraram que lutaram juntos contra o crime organizado no Estado e se acalmaram.

Os promotores e o advogado Lucas Villa, que representa a família de Fernanda Lages, fazem um questionamento recorrente durante o depoimento. Eles querem saber se o ex-secretário teria escolhido os atuais delegados da Cico. Robert respondeu que não se lembrava.

Robert foi questionado também se ainda teria algum poder de influência na Secretaria de Segurança do Estado. Ele disse que não, que tem dois filhos bacharéis e, se ainda houvesse influência, teria arrumado emprego para os filhos.

Em um momento descontraído, o deputado comentou sobre sua saída da secretaria por conta do diabetes. Eliardo convidou, então, o parlamentar a ir à sua igreja. "O próprio nome diabetes vem do nome diabo e pode ser curado com ajuda de Deus", declarou.

O promotor disse, durante o depoimento, que pretende se aposentar nos próximos dois anos e atuará como missionário na África.

Brincando, Robert Rios declarou que aceitaria o convite para ir à igreja, porém, só se pudesse fazer um exorcismo, arrancando risos dos presentes.

Na chegada ao MPE, Robert Rios declarou que o promotor Eliardo Cabral estaria tirando proveito religioso do Caso Fernanda para arregimentar fieis para sua igreja.
 
 
Atualizada às 10h20
 
Durante seu depoimento aos promotores Eliardo Cabral e Ubiraci Rocha, o deputado Robert Rios voltou a defender a entrada de peritos da Unicamp no Caso Fernada Lages. "A perícia só é boa se puder ser repetida. O pessoal da Unicamp é capaz de usar computação gráfica e calcular o peso, velocidade do vento no momento da queda", declarou.

Ele afirmou também que recebeu telefonema de uma pessoa que se identificou como tia de Fernanda, pedindo que ele interferisse colocando a Comissão Investigadora do Crime Organizado para investigar o caso. Mas declarou que preferiu não interferir.

Também durante depoimento, ele negou tivesse qualquer parentesco com a família Castro. Ele também disse que não tem amizade com o engenheiro Jivago Castro. No entanto, afirmou que a mulher de Marcelo Castro é sua prima. "Eu tenho dezenas de primas. A mulher do Marcelo Castro é uma delas. Mas nunca fui nem nas casas das primas", declarou.

O promotor Eliardo Cabral perguntou se Robert Rios conhecia o motorista de Jivago Castro, identificado como Afonso. O deputado negou. Afonso foi citado no depoimento de Bizet Castro, que teria dito que Afonso faria alguns trabalhos para Jivago e fazia as vezes de motorista.

O ex-secretário comentou ainda a falta de qualificação dos peritos do Piauí. Segundo ele, a maioria não é concursada.
Atualizada às 9h30




O promotor Eliardo Cabral informou após depoimento do deputado federal Robert Rios (PC do B) que pedirá uma nova vistoria no netbook da estudante Fernanda Lages. Segundo o promotor, o material no computador da universitária é decisivo para encontrar os envolvidos no caso.

"Dizem que no netbook não tem imagens, que foram apagadas. Mas vamos tentar recuperá-las porque ele é que vai falar alto, nos ajudar a esclarecer os motivos da morte de Fernanda", explicou Eliardo.


O promotor afirmou que o que há de concreto é que dois homens estiveram no topo do prédio com Fernanda Lages no momento do crime, que ela tinha 1,17 miligramas de álcool no corpo (grau alto de embriagues) e que há dois suspeitos. "Tenho dois nomes de suspeitos. Mas vamos aguardar a ciência nos revelar o motivo", explicou referindo-se aos exames de DNA que foram feitos na Paraíba.


Robert Rios declarou que o Ministério Público está mais preocupado em dizer quem são os culpados. "Mas, para achar os culpados tem que achar os motivos primeiros", afirmou.
 


Flash: Carlos Lustosa Filho (Direto do Ministério Público)
Redação: Leilane Nunes
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