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Robert Rios dispara: "não existe homicídio com uma pessoa só"

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O secretário estadual de Segurança, Robert Rios, comentou, durante entrevista ao Jornal do Piauí desta quinta-feira (20), o desfecho das investigações da Polícia Federal no Piauí (PF/PI) sobre o caso Fernanda Lages. Para ele é evidente a conclusão de suicídio.

Fotos: Raoni Barbosa/Revista Cidade Verde

“Não existe homicídio com uma pessoa só no local. Nem a Polícia Civil, nem a Federal conseguiram colocar uma segunda pessoa no local do crime. Esse foi um caso bem atípico que ensinou muito”, avalia o gestor.


O secretário parabenizou o trabalho de investigação realizado pela Polícia Federal e relembrou que a Polícia Civil, “mesmo com pouco tempo e poucos recursos”, conseguiu alcançar um resultado similar ao da PF/PI.

“Conseguimos chegar no exato ponto que a Polícia Federal chegou. Ela foi mais além, explicou melhor, foi mais detalhista, ela usou os melhores mecanismos dos Brasil para investigar. Da maneira que eles colocaram, poderiam ter exposto muita gente, mas não fizeram”, disse.


Sentimento da família
A entrevista de Robert Rios foi interrompida pela participação, ao vivo, através de telefone do pai da estudante, encontrada morta no dia 25 de agosto de 2011, na futura sede do Ministério Público Federal (MPF), Paulo Lages.

O pai de Fernanda relembrou que a família não vai aceitar a tese de suicídio e que se pronunciará em breve sobre as atitudes que tomará sobre o caso. Na oportunidade, Paulo Lages disse que não confiava na Polícia Civil, por ter “ladrões” e que a PF está desmoralizada.


“Nenhum sofrimento, nenhuma dor, dá a uma família o direito de insultar uma instituição como a Polícia Civil. Quando há um suicídio a família se sente culpada, mesmo que não se tenha culpa”, respondeu Robert Rios.

Polícia Civil e o Ministério Público
O secretário de Segurança foi enérgico ao criticar a postura dos promotores Ubiraci Rocha e Eliardo Cabral durante as investigações da morte da universitária. Para ele, é chegada a hora da retratação dos agentes públicos.


“Não conheço nenhuma instituição mais respeitável do que a Polícia Federal. Eu disse que ia comparar os relatórios e ia cortar na carne se o erro fosse da Civil. Mas não tiveram diferenças. Eles foram levianos”, disse Robert Rios.

Lição para a Polícia
O gestor garantiu que o caso trouxe aprendizado para a Civil. “Foi um caso emblemático. Os delegados tem que ficar calado na cena do crime. Policial militar seria perfeito se fosse mudo. Eles adoram falar”, avalia o secretário.


Lívio Galeno
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