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Robert Rios diz que não nomeará delegado e ataca TJ por'caso Patrícia'

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O secretário de Segurança, Robert Rios, declarou hoje (17) que o governo irá descumprir a determinação judicial para a nomeação de 70 delegados de polícia num prazo de 30 dias. Segundo o secretário, o governo não tem como pagar os salários e marcou para amanhã (18) a nomeação de apenas 10 delegados.


Fotos: Thiago Amaral/Cidadeverde.com

"É muito mais fácil resolver esse problema conversando, negociando. Não vai nomear. Se nomear não paga. A Justiça pode dizer que não aceita que uma pessoa estranha seja delegado, pode obrigar a demitir o PM delegado, mas não pode obrigar a nomear. Esse povo quer ser delegado e trabalhar de graça? Não quer. A gente nomeia e n paga não, é? É fiado?", declarou em entrevista ao Jornal do Piauí.


Robert questionou ainda o fato do Judiciário determinar que o governo nomeie pessoal e o próprio Judiciário não realizar concurso para juízes e funcionários. "O Poder Judiciário deixou de 1988 até 2011 para tomar uma decisão dessa. A justiça do Piauí tem um juiz em cada cidade? Não tem. O Ministério Público tem um promotor em cada cidade? Não tem. Então, não podemos ser levianos. Se eu digo como tem que ser eu tenho que dar o exemplo", afirmou.




O governo do Estado irá recorrer da decisão. A determinação prevê uma multa de R$ 10 mil ao Estado e ao governador em caso de descumprimento.


Processo suplente

Na entrevista, o secretário também criticou a demora na decisão sobre sua vaga de deputado na Assembleia Legislativa, que o PCdoB briga para que seja de Millane Patrícia Soares de Moura, que obteve 30 votos na última eleição.


Thiago Amaral/Cidadeverde.com



Robert e o PCdoB argumentam que o Superior Tribunal Eleitoral já deu várias decisões em favor das ações que requereram a vaga para o partido, em detrimento da coligação.


O secretário avalia que mandado de segurança tem que ser expedido em prazo máximo de 15 dias e cutucou o desembargador responsável pelo processo, Fernando Mendes.


"O Supremo tem dito que a cadeira pertence ao partido e não à coligação. O Cabelouro entrou com ação e recebeu liminar com 24 horas. Entramos com mandato de segurança. Só existe uma pessoa sentada na minha cadeira, isso porque eu só tenho uma bunda. Mandado de segurança é no maximo em 15 dias. A conversa que corre na assembleia é que o desembargador vai sair de férias dia 28 e não vai julgar. Então, a Patrícia senta na minha cadeira", declarou.


Leilane Nunes
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