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Seleção: ciclistas tranquilos para preparação olímpica

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A temporada de 2014 marca o começo da corrida por uma vaga nas Olimpíadas de 2016 e também traz novidade no ciclismo. Nesta temporada, a CBC (Confederação Brasileira de Ciclismo) criou seleções permanentes nas disciplinas do esporte. E tal mudança ganhou a aprovação dos atletas.


“Acho que esse projeto vai dar um up na modalidade", afirma Raiza Goulão, melhor atleta brasileira no ranking da UCI (Federação Internacional de Ciclismo) no mountain bike. "Ter uma seleção me ajuda a focar no meu treino e ficar tranquila porque eu vou saber quais provas vou competir no ciclo olímpico. Antes, eu ficava sabendo que iria para o Mundial uma semana antes. Como iria focar meu treino?”, completa a ciclista.

João Gaspar, revelação do ciclismo de estrada do Brasil, tem o mesmo pensamento da companheira do mountain bike. “Tem que ter isso aí. Não adianta pegar um atleta, treinar com ele e depois não chamar mais. Tem que ter um trabalho a longo prazo”, opina o atleta.

Isabella Lacerda, segunda brasileira no ranking mundial do mountain bike, é mais uma a concordar. “No ano passado eu era da equipe brasileira, mas tinha prova que eu era convocada e outras não. Não sabia se teria que arrecadar dinheiro com meu patrocinador para pode ir para as provas. Agora, com essa seleção, fica mais fácil porque a gente está ciente de quais provas vai competir. Todo o treinamento fica mais completo”, fala.

O ciclismo brasileiro já contava com equipes que eram convocadas de acordo com as competições. Segundo a CBC, há duas temporadas já se trabalhava com uma base de atletas. Entretanto, neste ano, o grupo aumentou e se consolidou. “Faltavam recursos para manter um time e os atletas também não teriam interesse se existisse uma seleção que fosse apenas para duas competições no ano, por exemplo”, comenta a entidade por meio da sua assessoria. Em 2014 a confederação passou a contar com novos patrocinadores, como a Caixa Econômica Federal, e isso ajudou a viabilizar a seleção.

O caminho parece certo com a equipe nacional permanente, mas ainda faltam alguns ajustes. “Acho que foi dado um grande passo, mas falta entrosamento entre a seleção e as equipes dos atletas. Tem que ter um trabalho em conjunto para que as equipes liberem os atletas e tenha esse maior intercâmbio, para as viagens ao exterior”, comenta Raiza.


Fonte: IG
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