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Sete trabalhadores de Barras são resgatados de obra em São Paulo

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Sete trabalhadores de Barras foram resgatados em operação Central Sindical e Popular - Conlutas em trabalho análogo à escravidão em uma obra de uma escola na zona Sul de São Paulo. A denúncia divulgada em vídeos e fotos no site do Conlutas, é de que todos trabalhavam sem registro na carteira profissional, sem direitos recolhidos e sem pausas para descanso. As obras são da Escola de Ensino Fundamental Cortegaça, localizada no Capão Redondo e a responsabilidade é da prefeitura.



Segundo a CSP, Atnágoras Lopes, membro da  Secretaria Executiva Nacional chegou a procurar a Superintendência Regional do Trabalho (SRT), mas não foi recebido. A CSP, alega que por "omissão dos órgãos competentes, e da pressão dos trabalhadores que relataram ameaças de morte", eles tiveram que ser resgatados na manhã da última quarta-feira (26) pela própria Central.


“Nós só queremos voltar ao Piauí, receber nossos direitos e poder estar em segurança. Tem um rapaz que pega carona com o gato todo dia para ir à obra. Ele mostra a pistola embaixo do banco e diz que usa a arma para resolver os problemas mais arriscados. Quando pedimos folga, ele diz ‘só vai descansar quando morrer’”, diz Antônio Francisco do Nascimento, um dos pedreiros da obra, em vídeo entregue por eles mostrando a precariedade do cômodo que abrigava os sete.


A princípio eram nove os funcionários vindos de Barras. Um deles, Paulo Ricardo Neto da Silva, de 30 anos, adoeceu e foi mandado ao Piauí pelo gato – atravessador que faz a contratação de forma fraudulenta para as empresas – da empreiteira subcontratada para a obra. O pedreiro foi despachado na rodoviária sem nenhum tipo de encaminhamento médico e sem sua carteira profissional. O outro, Francisco Gama de Lima, de 26 anos, decidiu ir embora após 15 dias de trabalho. A maioria havia chegado a São Paulo no dia 25 de janeiro.


Os trabalhadores foram ouvidos pela Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes contra a Liberdade Pessoal e, após as primeiras medidas de urgência, a denúncia deve voltar aos órgãos trabalhistas responsáveis, e segundo o Conlutas, uma nova conversa deve ser agendada na SRT.

Rayldo Pereira
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