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Sílvio encontra com Aécio e admite ser candidato nas eleições de 2014

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O ex-prefeito Sílvio Mendes (PSDB) admitiu hoje (23), pela primeira vez, que será candidato ao governo do Estado em 2014. Porém, condiciona essa candidatura a um "arco de alianças" que tenta estabelecer com alguns partidos. Sílvio comentou que recebeu o aval do presidente do diretório nacional do PSDB, Aécio Neves, e do governador Geraldo Alckmin, permanecendo ou não no ninho tucano. 

Evelin Santos/Cidadeverde.com

Sílvio Mendes encontrou Aécio Neves e Geraldo Alckmin durante a convenção nacional do PSDB em Brasília. Na conversa, o ex-prefeito relatou as atuais circunstâncias políticas, a intenção de se candidatar e, para isso, a necessidade de formação de alianças. "Dissea eles que poderei ser candidato a governador. Tinha muitas dúvidas e muitas foram esclarecidas. Poderei ser. Vai depender de um arco de alianças. Lá atrás eu disse que a possibilidade não existia pelas dúvidas que eu tinha. Tenho admiração por Alckmin e Aécio e contei a eles que seria com algumas condições. Como em 2010 não serei porque a gente não tinha capacidade de formar uma aliança mais ampla. Nossa realidade no Piauí não faz sentido porque você não disputa e não se faz política brincando, nunca fui de aventura. Se as conversas evoluírem e se confirmarem viabiliza uma disputa forte e aí sim poderei ser. Se não se confirmar não serei", declarou em entrevista ao Jornal do Piauí.

Arquivo pessoal

Nesse arco de alianças estão PP, PSD, PTB e PSDB. Sílvio admitiu que deve mesmo sair do PSDB e ir para o PP, o partido "menos traumático", como demonstrado em pesquisas recentes. "Foi feita pesquisa quantitativa no final de semana passado e me surpreendeu pelo estímulo a tomar essa atitude. Uma pesquisa com pessoas de vários níveis sociais. Eles dizem que compreendem que dentro do PSDB a possibilidade de formar aliança é mais difícil e hoje o Firmino compreende isso, Aécio, Geraldo. O partido que eles apontam como menos traumático para essa transição é o PP. Pelas circunstâncias políticas da gente não ter penetração no interior. Nessas conversas não é a mudança de partido que vai mudar o homem, a atitude. Se sair do PSDB saio pela porta da frente. Se vier acontecer será desse jeito", explicou.

As alianças estão se costurando para uma candidatura ao governo e Sílvio nega a possibilidade de disputar a Assembleia, a Câmara Federal ou o Senado. Porém, não descarta a ideia de integrar uma aliança como vice.

Arquivo pessoal

Consulta à neta

Avô apegado, Sílvio Mendes relatou ainda que fez questão de consultar a neta de 10 anos sobre que caminho tomar. Ela o aconselhou a pagar o preço.



Sem mágoas

O ex-prefeito comentou ainda que foram desfeitas todas as mágoas com os senadores Ciro Nogueira (PP) e João Vicente Claudino (PTB), o suplente de senador João Claudino Fernandes (PRTB). Porém, o desentendimento com o governador Wilson Martins (PSB) ainda persiste. Mas Sílvio se mostra disposto a conversar, mas descarta qualquer aliança.

"Podemos conversar. É possível uma conversa. Acho remota a possibilidade de aliança porque ele é candidato a senador declarado e tem o governador Eduardo Campos, que será candidato a presidência", disse.


Palanque nacional

Uma das dúvidas que mantinham Sílvio Mendes no PSDB era a configuração nacional de alianças para a presidência. Se for para o PP, o tucano se veria obrigado a subir no palanque da petista Dilma Rousseff. "Essa é uma das dificuldades maiores de tomar essa decisão. Se essa aliança só se faz por esse caminho, esse caminho pode ser torto. Eu irei sim para o palanque da Dilma, desde que sejam regras claras e que possamos cumprir os acordos firmados. Se essas conversas não se confirmarem não serei candidato", finalizou.

Leilane Nunes
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