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Sinpolpi: número de assassinatos cresce 50% em Teresina em setembro

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Os assassinatos registrados em Teresina tiveram um aumento de quase 50% em setembro em comparação com o mês de agosto. Foram registrados 33 homicídios dolosos na Capital contra 23 em agosto, dez casos a mais em números absolutos. Os dados são de uma pesquisa mensal realizada pelo Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Piauí (Sinpolpi) para traçar o perfil dos homicídios dolosos no Estado.

Conforme os dados da pesquisa, em setembro foram registrados 48 assassinatos contra 41 em agosto. Enquanto em Teresina aumenta o número de crimes, no interior a pesquisa mostrou uma pequena redução: 15 em setembro e 18 no mês de agosto.  


Parnaíba mais uma vez foi o município que registrou o maior número de crimes depois de Teresina, com três casos, número que sobe para seis se forem computados os assassinatos nos municípios vizinhos que fazem a grande Parnaíba: já que em Buriti dos Lopes, Luís Correia e Ilha Grande do Piauí foram registrados três assassinatos, um em cada município.  

Segundo o presidente do Sinpolpi, Cristiano Ribeiro, oito vítimas de homicídios dolosos no Estado eram ex-detentos. “São pessoas que voltaram ao submundo do crime, após cumprir penas, realizando principalmente a assaltos e tráfico de drogas e pagaram com a vida a falta de garantia de uma mudança de vida, o que é uma obrigação do Estado”, afirmou.
 
Arma de fogo

Outro dado alarmante e que vem aumentando mês a mês é o número de assassinatos por arma de fogo. 73% dos crimes de setembro foram praticados com este tipo de arma, ou seja, 35 dos 48. Neste contexto, as mortes praticadas com armas brancas, faca, facões e punhais vêm caindo e não só pelo aumento dos assassinatos com armas de fogo, mas também pelo crescimento dos estrangulamentos, sobretudo tendo como vítimas as mulheres, cujo número de vítimas em setembro foi de seis mulheres.

Já com relação ao suposto motivo, as brigas de gangues por disputa de pontos de drogas estão à frente dos demais. Sem contar os casos onde os motivos não constam que em setembro foram 15. Isso porque a pesquisa é feita poucas horas após o registro do delito, quando a Polícia ainda está iniciando as investigações.

Zona Sul

A pesquisa também mostrou que a zona Sul continua como a mais violenta da cidade, mas agora acompanhada de perto pela zona Norte. Ambas registraram 12 e 10 assassinatos respectivamente.  Esse dado supostamente está ligado ao fato de que é nestas duas zonas que se concentra a maioria dos pontos de venda de droga da Capital.


Da redação
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