Quatro dias após o acidente, e início das investigações, ganha força nos bastidores do inquérito a hipótese de que o avião, modelo Cessna 172, que caiu por sobrepeso. O acidente aconteceu na noite da segunda-feira passada no aeroporto de Teresina.

Quatro pessoas morreram no acidente. A Polícia Federal no Piauí entrou  no caso. No primeiro dia de ações, nesta sexta-feira (20), quatro pessoas foram ouvidas na sede da PF/PI entre testemunha e especialistas.

Nas redes sociais circulam teses que tentam explicar o acidente. Uma delas é de que a aeronave era velha e sem condições de vôos. Segundo informações obtidas, o avião passava por manutenções em oficina homologada e possuía registro na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). 

Já foi apurado que o instrutor Rodrigo Viana começou a voar no Cessna às 15h daquela tarde. Ele partiu do aeroporto de Nossa Senhora de Fátima, zona Rural de Teresina, em direção ao terminal Petrônio Porleta. 

Lá, ele encontrou o aluno Guilherme para repetir procedimentos que haviam sido treinados no dia anterior (pouso e arremetida). Marcos Viana e Marcos Escórcio foram de carona com permissão do instrutor e aval da torre de comando.

A aeronave tinha capacidade de carregar o peso total de 998 quilos sendo que apenas o avião pesava 600 quilos. Os 398 quilos restantes tinham que ser divido pela tripulação e pelo combustível. 

A Polícia Federal teve acesso a um vídeo, mantido em segredo de investigação, mostrando que na tentativa de arremetida, comandada pelo aluno Guilherme, o avião pendeu para a esquerda, caiu e explodiu. 

Esse fato aumenta a suspeita de que o acidente aconteceu pelo excesso de peso. O inquérito também trata da possibilidade de que o travamento de comandos pode ter acontecido. O vídeo mostra, ainda, que o exercício de arremeter ocorreu por três vezes.