O sonoplasta Jairo Brandão Neves, 19 anos, se entregou nesta segunda-feira(06) no 6º Distrito Policial (Piçarra). Ele é acusado de matar Francisnaldo Moura de Carvalho Sousa, 21 anos, na última quarta-feira(01), na rádio Difusora, zona sul de Teresina. Ao se entregar, o delegado Edvan Botelho cumpriu o mandado de prisão expedido pela juíza Maria Zilnar, da 1ª Vara Criminal.
Segundo o delegado, Jairo alegou que estava sofrendo ameaças de Francisnaldo, por manter um relacionamento amoroso com Cláudia, que com quem ela morava junto. O sonoplasta informou que eram telefonemas ameaçadores, gestos e até tentativas de acidentes de motocicleta.
Ainda no depoimento, Jairo afirmou que no dia anterior(31), havia recebido um telefonema que uma pessoa dizia: “de amanhã não passaria”. Ao chegar à rádio, viu Francisnaldo e achou que ele estava lá para matá-lo e com o gesto, de colocar a mão na cintura, pensou que ele tivesse uma arma debaixo da camisa.
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“Ele disse que não tinha a intenção de matar, só queria acertá-lo no meio das pernas, mas como era a primeira vez que manuseava a arma, não sabia que o impacto seria grande e o cano subia e acabou pegando na barriga”, contou o delegado Edvan Botelho, que ouviu Jairo nesta manhã.
Sobre a arma, Jairo afirmou que já estava escondida na rádio.
O delegado questionou que no depoimento de Cláudia, ela teria negado que tivesse um relacionamento amoroso com ele, mas Jairo disse que tinha como provar e apresentou um vídeo comprometedor de ambos.
Apesar de dizer que sofria ameaças, ele não havia prestado queixa em nenhum distrito da cidade. “O caso está concluído, ele vai responder por homicídio doloso, mesmo dizendo que não tinha a intenção de matar, mas assumiu esse risco previsível, quando manejou a arma. Poderia ter atingido a vítima ou a outra pessoa, um dolo eventual”, argumentou Botelho.
Após fazer exame de corpo de delito, Jairo retornou ao 6º DP onde aguarda uma vaga no sistema prisional. “Isso deve acontecer logo, já que a delegacia passa por reforma e não temos mais celas”, explicou o delegado.
A mãe da Cláudia nega que eles tinham relacionamento amoroso e chegou a agredí-lo na porta da delegacia.
