A superintendente de Trânsito de Teresina, Alzenir Porto, declarou em entrevista ao jornal Notícia da Manhã que o reajuste da tarifa de ônibus em Teresina não foi inesperado. A passagem subiu no último sábado de R$ 1,90 para R$ 2,10. Ela justifica que a prefeitura está há quatro meses no processo de negociação com os empresários que queriam que o aumento fosse retroativo a este quadrimestre e chegasse a R$ 2,20. 

Outro ponto levantado é que a prefeitura quer estabelecer um mês como data base para o aumento do preço da passagem, já que o setor necessita que os reajustes sejam feitos anualmente. “O setor não tem nenhum tipo de subsídio e a cada dia os valores encarecem para todos. O sistema não sobrevive se não conseguirmos cobrir os custos. Queremos manter a data base em janeiro para que a gente possa estabelecer o aumento”, declarou. 

A superintendente acrescenta que o fator que mais pesa na planilha é o custo de pessoal, que corresponde a 48% das despesas dos empresários, mas ressalta que as gratuidades e as meia passagens encarecem o custo final para quem paga a passagem inteira. 

“As gratuidades correspondem a 16% do valor da tarifa e a meia passagem corresponde a 32% do total dos usuários. Teresina é uma das cidades com o maior percentual de meia-passagem do Brasil”, garante. 

A respeito do acidente que vitimou uma mulher que fazia caminhada na avenida Raul Lopes no último domingo, Alzenir Porto explicou que a Strans está estudando a implantação de mais redutores de velocidade na via. 

Sobre o abaixo-assinado de que uma ONG que reivindica que seja liberada uma pista para a prática de Cooper, a superintendente diz que a ideia é inviável. “Porque seria necessário deslocar 15 agentes pela manhã e mais 15 pela tarde para fazer a segurança do local. E como a Raul Lopes, há vários outros lugares para caminhada. Se for fazer na Raul Lopes, tem que fazer nas outras também”, justifica.


Carlos Lustosa Filho