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Tartaruga é encontrada morta presa a âncora em Luís Correia

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Uma tartaruga encalhou na praia de Atalaia e foi encontrada morta, presa a uma âncora, na tarde do último domingo (1º). O animal foi analisado pela equipe técnica do projeto Tartarugas do Delta, que trabalha na proteção dos animais marinhos no litoral do Piauí. A conclusão dos biólogos é de que não houve ato intencional, mas o incidente serve de alerta. 

Fotos: Tartarugas do Delta

A tartaruga da espécie Chelonia mydas é conhecida como tartaruga verde ou aruanã e foi achada em estado moderado de decomposição. Uma corda cum uma âncora foi achada amarrada na nadadeira esquerda anterior do animal, o que teria provocado estrangulamento e dificultaod a subida do mesmo até a superfície para respirar. A fêmea adulta tinha 1,06m de comprimento.

"A corda que prendia a âncora ao animal estava apenas enroscada, não apresentava um nó, o que nos faz descartar que o fato tenha sido proposital. É comum encontrar resultados de encalhes com marcas de apetrechos de pesca como redes de emalhe, mas encalhe atrelado a uma âncora que provavelmente foi perdida é a primeira vez. Esse fato fica como um alerta, pois qualquer material preso a cordas também oferece risco a esses animais", declarou o biólogo Mário Neto, coordenador de Embarques do Tartarugas do Delta.


O animal foi enterrado acima da linha da maré com a ajuda de turistas. "Este é o procedimento mais adequado quando se encontra animais mortos encalhados na praia. Qualquer tentativa de retirar sua carne ou no caso da tartaruga, levar a carapaça para casa, o contato com o bicho morto pode por em risco os humanos e causar sérios problemas à saúde", acrescentou Mário Neto. 


O projeto Tartarugas do Delta, patrocinado pelo programa Petrobras Ambiental, orienta sobre o que fazer quando se encontrar uma tartaruga encalhada na praia:

1° Observar se a tartarugas está viva ou morta (geralmente os encalhes mortos aparecem sem olhos ou com perfurações no corpo, em estado de decomposição);

2° Caso esteja morta, observar as característica externa do animal (presença de tumores);

3° Identificar a espécie através das placas frontais da cabeça e carapaça, se possível, registrar imagens do animal para fotoidentificação;

4º Repassar a localização do encalhe para a equipe técnica do Tartarugas do Delta através dos números: (86) 9962.5065 ou (86) 9431.4125 no intuito da mesma realizar as medidas de comprimento e largura com o objetivo de determinar o tamanho, confirmar a descrição do animal para identificar a espécie e em seguida enterrá-lo acima da linha da maré; 

Todos os procedimentos de contato com o bicho devem ser executados com a utilização de equipamentos de proteção.

Da Redação
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