Apenas US$ 12 mil. Esse é a indenização a ser paga pelo Real Garcilaso, do Peru, pelo caso de racismo protagonizado pelos torcedores do seu time contra o volante brasileiro Tinga, do Cruzeiro, em jogo do dia 12 de fevereiro, pela Copa Libertadores.

A Conmebol, entidade que comanda o futebol sul-americano, determinou que o Garcilaso pague a multa pelo incidente e avisou que, se a cena se repetir, o estádio do clube será interditado.

"A Conmebol reitera seu compromisso de combater qualquer forma de discriminação e atos racistas em suas competições. Diante dessa prioridade, se reforçou a vigilância das equipes de arbitragem e dos delegados das partidas para advertir e denunciar esse tipo de infração", afirma comunicado no site da Conmebol.

Na ocasião, pessoas presentes no campo em Huancayo, Peru, fizeram gestos e barulhos de macacos para Tinga. O caso provocou repercussão internacional e motivou campanhas contra a discriminação em todo Brasil.

Na época, o presidente do Peru, Ollanta Humala, condenou os insultos racistas e a presidenta do Brasil, Dilma Roussef, disse estar "fechada" com Tinga. O ministro dos Esportes brasileiro, Aldo Rebelo, ligou para a Conmebol e exigiu punições da entidade, que pediu calma e prometeu sanções pertinentes.