O presidente do Tribunal de Justiça do Piauí, desembargador Raimundo Nonato Alencar, divulgou nota à imprensa sobre a prisão do suposto intermediador de venda de sentença, detido em flagrante ontem pela Comissão Investigadora do Crime Organizado.

O presidente do tribunal diz que viu “com muito pesar” a notícia e determinou um juiz para ir a Cico saber mais detalhes do caso.  Ele negou que há “privilégios” dentro do TJ e pediu apuração sobre o caso do preso de estar usando o nome de desembargador para extorquir piauienses.

Raimundo Alencar negou que Raimundo Clécio Falcão Graça seja dos quadros do Tribunal, seja como funcionário efetivo, comissionado de gabinete ou de qualquer outra função.

O desembargador se colocou à disposição da polícia para colaborar com as investigações e pediu uma apuração rigorosa do fato.

Veja a nota na íntegra:

"Nota oficial

A presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí informa a sociedade piauiense, no que toca à notícia da prisão de suposto intermediador da venda de sentenças, que, em primeiro lugar a pessoa presa, Raimundo Clécio Falcão Graça não é servidor do Poder Judiciário, efetivou ou comissionado.

Cumpre informar, também e principalmente, que, quanto a notícia em si, o Tribunal de Justiça, como sempre tem feito, adotará as providências necessárias para deslinde do caso, já havendo o juiz auxiliar da presidência, cumprindo determinação nossa, deslocando-se até a Comissão do Crime Organizado hoje pela manhã para comunicar o total interesse do TJ na integral apuração dos fatos e pedir que os indícios de eventual participação de magistrados sejam encaminhados ao Tribunal de Justiça para os fins devidos.

O Tribunal de Justiça não aceita ilegalidade e não se omite, como nunca se omitiu, em seus deveres e obrigações, não se furtando a quando necessário tomar as mais duras medidas cabíveis.

Teresina, 07 de maio de 2010

Desembargador Raimundo Nonato da Costa Alencar"


Flash de Yala Sena
Redação de Leilane Nunes