A TV Cidade Verde investigou denúncia de que casas do programa Minha Casa, Minha Vida estariam sendo vendidas de forma irregular. De acordo com legislação federal, as unidade habitacionais só podem ser vendidas após o pagamento completo do financiamento.

A equipe da jornalista Gorete Santos e do cinegrafista Marcelo Cavalcante ouviram pessoas que apontavam vendas irregulares de pelo menos 87 imóveis do residencial Nova Alegria 2. As obras da estrutura básica foram finalizadas em 2011, mais casas estão em expansão.

“As casas são transformadas e vendidas pelo intermédio de corretores. Muitos compram casas baratas, fazem obras e vendem mais caros mesmo sem poder. Muitos donos tem alto poder aquisitivo e nem deveriam estar no projeto”, conta denunciante que não quis se identificar.

O empreendimento é destinado a pessoas com renda de até três salários mínimos. Um produtor da TV Cidade Verde foi até o local e foi recebido por um corretor que se identificou como “Amorim”.

A transação é feita através com depósito em conta. Com o dinheiro transferido, a negociação podem ser concluída em até 24 horas. O corretor revela que o “negócio” não possui riscos e que imóveis avaliados em R$ 36 mil são comercializados por até R$ 60 mil.

O superintendente do banco no Piauí, Emanuel Veloso, assistiu a reportagem direto de um dos estúdios da emissora. Ao apresentador do Jornal do Piauí, Amadeu Campos, ele esclareceu que a Caixa não possui poder de polícia, mas que denúncias podem ser feitas ao banco.

“As prefeitura tem a competência de qualificar a demanda. A Caixa não tem poder de polícia para punir desvio de função. Mas as denúncias têm que chegar até a gente. Aí encaminhamos para a Justiça Federal tomar providências”, disse o gestor.

De acordo com o superintendente da Caixa Econômica Federal no Piauí, instituição que gerir os recursos do programa, cerca de 20 processos por vendas irregulares já foram ajuizados pedimos a reintegração de posse.