O promotor do Ministério Público Ubiraci Rocha, rebateu as duras críticas feitas pelo secretário de Segurança Pública do Estado Robert Rio, em entrevista ao Jornal do Piauí desta quarta-feira (22).
Fotos: Evelin Santos / Cidadeverde.com
Para o promotor, a segurança pública precisa de uma reestruturação e Robert Rios, estaria tentando desvirtuar o que a lei diz a respeito de pedidos de prorrogação de prazo.
"O Robert quer desvirtuar o que diz a lei processual. Se a Polícia Federal pedir o prazo, o Ministério Público tem que analisar esse pedido", afirmou o promotor.
O secretário havia falado anteriormente em sua entrevista, que a Polícia Civil teria sido "chicoteada", por não ter tido mais prazo para concluir as investigações.
"A Polícia Civil não teve tempo para pedir prazos, porque vinham para televisão dizer que não dariam prazos. Está ai gravado aqui nas suas fitas Amadeu. A Polícia Civil foi chacoalhada, chicoteada, espancada, cachuletada por todos. A Polícia Civil nunca passou por um crivo tão violento quanto passou no caso da Fernanda Lages", destacou Robert Rios.
Ubiraci acrescenta, que com a repercussão, qualquer caso se torna mais difícil, mas é necessário uma reformulação geral na segurança.
"A estrutura da Segurança Pública do Piauí precisa ser reformulada . Reflitam. O aparelho de segurança deve ser mais eficaz", concluiu Ubiraci.
Caso Fernanda Lages
O promotor, que solicitou um prazo de 30 dias de prorrogação para a conslusão do inquérito sobre a morte da estudante Fernanda Lages, acrescentou na entrevista que três teorias são utilizadas pela PF na investigação do crime.
"Se dividirmos em 100%, seriam 33% de probabilidade de homicídio, 33% suicídio e 33% de acidente", acrescentou o promotor.
Para ele, o Ministério Público continua convicto de que se trada de um assassinato "até que se prove o contrário". Uma nova diligência foi pedida para preencher "lacunas" na investigação.
Leia também:
Rayldo Pereira
