Professores e alunos da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) invadiram a reitoria da instituição e prometem sair apenas após serem recebidos pelo reitor, Carlos Alberto Pereira. 

A invasão teve início por volta das 11h. Até as 13h45 o reitor não havia recebido os manifestantes. Os professores da Uespi deflagraram greve em 13 de agosto, no dia marcado para o início do ano letivo na instituição.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Professores da Uespi, Lina Santana, a categoria iniciou a greve exigindo o piso salarial equivalente ao Dieese (Departamento Intersindical de Estudos Sócio-Econômicos), que é de R$ 2.383, mas agora está disposta a aceitar o aumento de 37%, não escalonado.

"O próprio governador [Wilson Martins-PSB], informalmente ofereceu esse acordo de 37%, que equivale ao piso da Universidade Estadual do Ceará, mas pedimos para ele oficializar e ele não aceitou, ofereceu como contraproposta apenas 10%", explicou a sindicalista.

Ainda segundo Lina Santana, a primeira proposta apresentada pelo governo havia sido o aumento de 40% até 2015, dividido em oito parcelas. A tentativa de acordo não foi aceita pela categoria.

O movimento ganhou apoio dos estudantes da universidade. Com a invasão, professores e alunos esperam pressionar o governo estadual e discutir a nova proposta de acordo. Cerca de 50 manifestantes estão na sala da recepção da reitoria, acompanhadas pela equipe de segurança da Uespi.

"Não houve agressão, o movimento está pacífico, mas há alguns guardas na porta da reitoria", disse a sindicalista. Alguns grevistas estão com os rostos pintados e usam narizes de palhaço em protesto contra a "falta de compromisso" do governo com os professores e com a instituição. Foi levado para a reitoria ainda um caixão, que simboliza a morte do ensino superior público no movimento S.O.S Uespi.