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Wellington Dias renuncia cargo: "foi a noite mais longa da minha vida"

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Fotos: Yala Sena/Cidadeverde.com

Em sua residência oficial, o governador Wellington Dias (PT) acaba de confirmar que renuncia ao cargo na próxima quinta-feira (1º) para disputar as eleições ao Senado Federal. Ele encaminhará para a Assembleia Legislativa o seu pedido de renúncia. O vice-governador Wilson Martins (PSB) será empossado pelos deputados estaduais às 10h30min. A transmissão do cargo será feita às 12h.

"Hoje estou aqui para afirmar ao povo do piauí, ouvindo meu coração, tomei a decisão de me afastar do mandato. De colocar o meu nome a disposição não só do meu partido, mas dos demais partidos. Quero me colocar para servir ao meu povo, da mesma forma que me coloquei para servir ao meu povo no Governo do Estado. Qualquer que seja o resultado da eleição eu sempre serei alguém disposto a servir ao meu povo", anunciou.


O governador relembrou que havia decidido ficar no cargo semana passada. "Alguns dias atrás eu tomei uma decisão, que foi muito refletida. Uma decisão de permanecer no mandato pensando no Piauí, nos três milhões de habitantes. E poder construir a unidade em torno da base do governo [...] Da mesma forma que tomei a decisão de ficar, eu tenho hoje a convicção de poder sair. Isso já ajuda a construir novamente uma chance de unidade à frente de pessoas que eu represento", disse. 

Wellington Dias falou para toda a imprensa presente e disse que recebeu mensagens de apoio pela decisão de ficar no cargo, tomada na semana passada, como também pedidos para que reavaliasse a situação. Ontem, uma reunião que só terminou na madrugada e contou com a presença do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, teria sido decisiva.


Antes disso, a base estava desunida, como o próprio governador admitiu. "Estive nesses dias colocando todo o meu esforço, minhas forças, de manhã, tarde e noite, na construção da unidade em torno desse projeto no Piauí. A conclusão a qual eu cheguei é de que não teríamos a unidade apenas pelo gesto de ficar no mandato. Inicialmente havia abertura em torno de nomes, mas quando se discutia com os partidos, colocavam claramente que mantinham a candidatura", declarou.

Segundo o governador, na reunião de ontem, os partidos demonstraram que irão continuar o trabalho para unir a base em torno de um candidato com o nome de Wellington Dias concorrendo ao Senado. "Ontem, 2h30 da manhã, os presidentes dos partidos que compõem a base do governo manifestaram, por unanimidade, que não só recomendavam que eu deveria sair candidato ao Senado como também manifestavam apoio para isso. Ali eu senti uma coisa nova: a unidade em torno do meu nome para o Senado", acrescentou.

Padilha fez uma exposição do que pensa o presidente Lula. Apresentou números de uma pesquisa que aponta 65% de aprovação para a candidatura ao Senado de Wellington Dias. Outros 64% apontam que o Piauí perderia se o governador não fosse candidato. "Isso é algo muito forte", comentou o governador. 


"Foi uma das noites mais longas da minha vida [...[ Eu tenho consciência que o que está em jogo não é o meu destino pessoal, é o destido de milhares de pessoas do meu estado que esperam uma posição como essa. Eu senti que era preciso tomar uma decisão que não é fácil", acrescentou o governador, ressaltando os conselhos de Lula, de que sua candidatura seria imprescindível para o Piauí e para o Brasil.

Fábio Lima
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