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No velório, pai de Patrick chora e dá conselho sobre filhos em protestos

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O corpo do estudante Paulo Patrick chegou à funerária Pax União por volta das 9h35 desta segunda-feira. O garoto de 14 anos foi atropelado durante as manifestações do dia 26 de junho e faleceu no último sábado (6), após 10 dias na UTI.

Fotos: Evelin Santos / Cidadeverde.com

Os familiares já se encontram na funerária, localizada na avenida Miguel Rosa, onde também se encontram amigos e companheiros do handebol. O pai de Paulo Patrick, João Castro Júnior, diz que o filho sempre lutou pelos seus ideais e que era um jovem que se dedicava muito ao que gostava. 


"Ele era um bom filho, um bom atleta. Estamos recebendo mensagens dos amigos e de pessoas do país inteiro, de vários credos e religiões", declarou o pai.

Em relação ao acidente, o empresário afirma que agora tudo ficará nas mãos da Justiça. "A Justiça vai ver todos os detalhes. Tudo já foi registrado na PRF e temos um advogado acompanhando. A Justiça é que vai dizer se foi uma fatalidade ou não. Agora, nós temos que conviver com essa dor que não passa, mas fica a lembrança".



Castro Júnior faz um alerta aos pais cujos filhos participam das manifestações. "Os pais devem proibir suas crianças de participar porque são vários tipos de pessoas que vão a esses movimentos. Algumas delas não estão acopladas à sociedade. Aquilo não é um parque de diversões. Não adianta culpar a polícia porque sempre tem os da baderna. Se a criança insiste em ir e vai de qualquer jeito, os pais têm que acompanhar". O pai revelou que não sabia que Paulo Patrick havia ido à manifestação. Para ele, o filho estava no colégio.


Arthur Cauê, um dos cinco irmãos do estudante, chegou ao velório vestido com a camisa do time "Giuliano Handebol Clube" (GHC), do qual Patrick fazia parte. "Só o tempo vai dizer como superar essa dor. Ela nunca vai diminuir, vamos ter que aprender a conviver com ela. O Paulo era uma pessoa que todos amavam muito. Ele pode não estar aqui fisicamente, mas está dentro da gente", disse.



Morgana Costa, irmã mais velha de Patrick, declara que a família não está preocupada agora com o inquérito que apura a responsabilidade do acidente. "Só a Justiça vai poder dizer o que aconteceu. Cada um tira as suas conclusões. Superar não tem como. Eu sinto como se tivesse perdido uma parte de mim, do meu coração. A família está totalmente desnorteada, ele era uma parte muito importante de todos nós", finalizou. 


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