A Polícia Federal está buscando identificar um jovem, que seria homossexual, que esteve com Fernanda Lages e Nayra Veloso na porta da obra do Ministério Público Federal, no dia da morte da estudante. Dois vigias que faziam ronda no local disseram para polícia que seria um "rapaz novo, de pele branca e com traços que poderiam ser de um homossexual, pelos trejeitos".

 

O promotor de Justiça Eliardo Cabral reafirmou que com a prisão de Nayra está tentando fazer com que ela identifique o rapaz. "Ela vai ter que dizer o nome do sujeito. Se não entregar, ela pode ser indiciada como co-autora". 

Há perícia testemunhal e material de que a Nayra esteve com um rapaz na frente do prédio. Exames feitos na sapatilha das duas amigas confirmam que Nayra esteve no local do crime. Em depoimento na Polícia Federal, a jovem nega e diz que a última vez que esteve com Fernanda foi no bar "Pernambuco", zona Norte da cidade. 

"Fernanda estava sentada e Nayra em pé, conversando com o rapaz. Não temos filmagens, mas os vigias testemunharam tudo. O rapaz que estava com elas seria de família ilustre", acrescentou o promotor.

Eliardo acredita que duas novas prisões serão pedidas. Ele lamentou que a prisão de Nayra seja apenas temporária. Segundo ele, a PF está aguardando o resultado do exame do cadáver da estudante e o resultado do exame de DNA feito em mais de 100 pessoas, incluindo operários e engenheiros.

Já o juiz Antônio Noletto, que expediu o mandado de prisão de Nayra informou que até agora a Polícia Federal não pediu novas prisões. Ele destacou ainda que a jovem pode ser chamada à sede da PF para mais esclarecimentos a qualquer momento e que a prisão dela pode ser prorrogada.

Nayra se encontra hoje no setor de triagem da penitenciária feminina e, de acordo com os agentes do local, ela está chorando muito. A polícia teria chegado à jovem através da quebra do sigilo telefônico.