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Policiais seguem parados mesmo após anúncio da vinda da Força Nacional

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Policiais militares e bombeiros se concentraram na Associação dos Oficiais Militares do Piauí - Amepi - para uma carreata na tarde desta quinta-feira (11). Eles continuam parados após aderirem ao movimento "Polícia Legal" e se recusam a trabalhar em condições irregulares. O grupo saiu por volta de 17h da avenida São Raimundo, Piçarra, zona Sul de Teresina, para percorrer ruas e avenidas da capital, passando pelos quarteis para reforçar o protesto. 

Fotos: Thiago Amaral/Cidadeverde.com

Em discurso, o capitão Evandro Rodrigues, da Associação dos Oficiais Militares, reagiu contra a decisão do governo do Estado em trazer a Força Nacional para dar segurança em Teresina. "Um soldado da Força Nacional vem com armamento completo e apropriado e ganha R$ 7 mil. Com um salário desses, quem não quer trabalhar? Nós estamos aqui e queremos muito trabalhar, por um valor menor que esse". 

Segundo o capitão, em outros estados o PM ganha bem mais do que está sendo pedido no Piauí - eles querem isonomia com a Polícia Civil. A categoria aguarda contato do governo do Estado para negociar. 


Vereador de Teresina, o sargento R. Silva informou que nesta sexta-feira haverá nova concentração na Amepi. Todos sairão em romaria para visitar quarteis onde existirem posições adversas ao movimento. O "arrastão" pretende parar os batalhões da PM e Corpo de Bombeiros da capital. "O movimento não pode parar, independente de ser final de semana ou não", declarou.

Alberto Sena, presidente da Associação de Subtenentes e Sargentos, confirmou que continua a orientação para que o policial só trabalhe se houver condição legal para tal. Na carreata, foi entregue um panfleto orientando todos a serem submissos aos seus comandantes, mas sem trabalhar na ilegalidade. O argumento tem sido usado para evitar prisões durante o movimento, pois a categoria é proibida legalmente de fazer greve. As associações estimam que a adesão chegue a 95% no Estado.


No movimento, policiais só vão as ruas se estiver armado apropriadamente, com colete balístico e munição não vencida suficiente e se o motorista estiver legalmente habilitado para conduzir veículos de emergência, em viatura licenciada, com extintor, cela, sirene, placa e documentos regularizados. 

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Jordana Cury (especial para o Cidadeverde.com)
Fábio Lima (da Redação)
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