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MP pedirá multa ao Sintetro por não rodar 50% da frota na greve

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O procurador regional do Trabalho, Luzardo Soares, afirmou neste sábado (24) que pedirá a execução da multa de R$ 5 mil diários, por descumprimento da liminar que determina circulação de 50% das linhas de ônibus durante a greve dos trabalhadores rodoviários. 

Nesta sexta(23), primeiro dia da greve, a Strans constatou que apenas 30% das linhas circularam pela cidade. A informação foi remetida ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

Fotos: Yala Sena/Cidadeverde.com

Para o procurador, a greve tem natureza política, já que a proposta tanto do TRT de 7,5% e do Ministério Público do Trabalho de 8% tem ganho real. 

“Vejo a greve como de natureza política com a participação de outras categorias. Se eles quisessem prejudicar os empresários, eles rodariam 100% com catraca livre, mas eles querem é tumultuar e deixar ônibus no meio das avenidas”, afirmou o procurador. 

Além da multa de R$ 5 mil diária, determinada na liminar do presidente do TRT, Francisco Meton Marques, tem também a multa de R$ 2 mil fixada em um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) por cada item descumprido. 


“Essa multa é relativa a ônibus com pneu furado, veículos quebrados durante a greve e também por cada motorista ou cobrador impedido de trabalhar”, descreve Luzardo Soares. 

Ele destaca que a greve é um direito constitucional, mas o movimento paredista não pode atrapalhar o limite do coletivo. “Os trabalhadores têm o direito de greve, o que não pode é ter abuso no direito de greve, tudo será apurada se a ordem judicial foi descumprida, não temos duvida de que está havendo intransigência da categoria”. 

Luzado Soares disse que haverá uma nova reunião entre motoristas e empresários na sede do TRT na rua 24 de janeiro.  

Sintetro 

Segundo Francisco das Chagas Sousa da Cruz, membro da Diretoria do Sintetro, a culpa do descumprimento da ordem judicial não é do sindicato. 

"Nós estamos obedecendo à ordem judicial dos 50%, já que o sindicato não está impedindo os ônibus de saírem das garagens, os motoristas é que estão em greve e não são obrigados a ir trabalharem", argumentou. 

Para o diretor de trânsito da Strans, Ricardo Freitas, o que importa é o cumprimento do acordo e confirmou que no primeiro dia somente 30% da frota circulou. 

"Nosso papel é verificar o cumprimento do acordo, agora, se não está sendo cumprido e o porquê disso não cabe a nós e sim a Justiça do Trabalho saber, já que há um estado de greve, vale ressaltar, que as decisões são judiciais" finaliza.

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Flash de Yala Sena e Lucas Marreiros
Redação Caroline Oliveira
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