Cidadeverde.com

Promotor: PF já gastou R$600mil para investigar morte de Fernanda

Imprimir

O promotor Ubiraci Rocha revelou hoje (24) que a Polícia Federal já gastou R$ 600 mil com a investigação da morte de Fernanda Lages. Em entrevista ao Jornal do Piauí, Ubiraci e Eliardo Cabral disseram não temer a ação por danos morais que será movida pela polícia civil.


Evelin Santos/Cidadeverde.com



Eliardo assumiu ainda que vem sendo pressionado e ameaçado. "A Justiça, depois da Constituição de 88, está aberta a todo e qualquer cidadão que vê seus direitos atacados, ameaçados. Aguardo com a maior naturalidade, lembrando que não vai ser processo, crime, ameaça de morte, de tudo, que vai parar o trabalho. Tenho sido pressionado de todas as maneiras por um grupo de 6 a 7 homens entendendo-se trator de esteira querendo passar por cima de mim. Eu disse para a Corregedoria que não sou cidadão comum nesse caso, sou membro do Ministério Público, estou trabalhando, não sou candidato a nada. Estou aqui para dar explicações", disse Eliardo.


Tanto Ubiraci quanto Eliardo declararam que continuam convictos de que Fernanda Lages foi assassinada e de que a falta de preservação do local do crime foi determinante para a rápida conclusão do caso. Ubiraci chamou de "piquenique" o que houve no prédio do MPF, no dia do crime.





"Os delegados da PF expuseram um material produzido e me chamou atenção que eles queriam falar que se esse local tivesse sido preservado há tempos já teríamos chegado ao final [do caso]. Aquilo foi um verdadeiro piquenique, não em tom de deboche. Mas a quantidade de pessoas que circularam naquele espaço é algo inadmissível para preservação de local de crime", disse Ubiraci.







Os promotores do caso afirmam ainda que o resultado da investigação da PF nunca será igual ao da Civil. "Não há como o resultado da federal ser parecido porque não sei como tem um aparato de polícia para dizer que houve morte violenta, o que qualquer pessoa poderia dizer. Nunca será igual. A PF nunca dirá que houve morte violenta porque para isso não precisa de evidência. Delegados nos informaram que hoje já foram gastos cerca de R$ 600 mil pela PF nesse trabalho. Todo esse dinheiro público poderia ter sido evitado se a Civil tivesse preservado o local e dissesse o que efetivamente ocorreu porque investigação é pepel da polícia", afirmou Ubiraci.


Matéria relacionada:

Caso Fernanda: Jornal do Piauí faz debate sobre investigações da PF


Leilane Nunes
[email protected]

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais