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Sempre tem gente para duvidar, diz Robert sobre Caso Fernanda

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O secretário de Segurança Pública, Robert Rios Magalhães, avaliou o resultado da autópsia psicológica feita pela psiquiatra forense Maria da Conceição Krause e divulgada hoje (17) em entrevista coletiva. Robert afirmou que ainda há quem duvide dos resultados das três investigações e que, caso os promotores Eliardo Cabral e Ubiraci Rocha queiram, a polícia civil poderá fazer novas diligências.

Raoni Barbosa/Revista Cidadeverde

Para o secretário, os promotores que acompanham o caso poderiam assumir uma investigação, solicitar policiais e equipamentos e realizarem sua própria investigação sobre a morte da estudante. 


"Se os doutores quiserem, cumpriremos com toda certeza. Eu assisti a várias entrevistas do promotor e ele descreve essa pessoa [o possível assassino], que mora numa casa dos sonhos e tem um pé grande. É só denunciar quem é. Tem uma investigação da civil, uma da PF e uma do Distrito Federal. Eu fui ouvido por essa investigação [do MP] e nem lembro sobre o que eu falei. Eu não era secretário e a única pessoa que me ligou nessa época foi uma pessoa que se identificou como tia de Fernanda. Sempre vai ter gente que vai acreditar nas investigações e sempre vai ter gente que não vai acreditar. Mas tem gente que joga com a crença das pessoas. Tem gente que joga no jornal que não foi suicídio. É a hora do Ministério Público fazer investigação", disse.

O secretário afirmou que uma investigação do MP levaria a sociedade a acreditar na tese de homicídio defendida pelos promotores e comentou que prefere se manter na realidade e aceitar o que as investigações e perícias estão apontando.

"Inclusive, eles já ouviram várias pessoas e acho que a sociedade ia acreditar muito mais se esses dois promotores chamassem a responsabilidade para si de provar que foi homicídio. Acho que eles são os titulares da investigação. Dizem que a definição de louco é todo aquele que teima com a realidade. Eu não vou ficar teimando com a realidade. Se até perito de fora disse que foi suicídio eu não vou ficar teimando. Não vou ficar achando que é boi mas tá voando. Peritos apontam numa direção convergente e eu não vou teimar senão perco a crença na polícia", declarou.


Robert ironizou lembrando as declarações feitas pelo promotor Eliardo Cabral sobre o "assassino", de que ele teria ido para a Bahia, teria feito uso de botox para modificar o rosto e calça 42. O secretário 

"Tem pessoas que estão intimamente convencidas [da conclusão das perícias], mas de tanto se expor na mídia e falar besteira acho que não volta atrás. Teve muita besteira. Até a própria polícia. Vi delegado, vi PM falando besteira. Vi promotor descrevendo assassino. Até pensei que fosse Carlinhos Brown pela descrição. Os homens públicos tem que gozar de respeito, não pode você ficar sem um fiapo de verdade colocando em descrença o trabalho de centenas de pessoas. Lembra que os promotores trouxeram peritos de Brasília? Cadê essas perícias? O Lunardi [perito] disse o que desse caso? Não pode é você ficar levianamente desacreditando um trabalho de centenas de pessoas dessa forma", criticou.


Sobre a denúncia dos promotores de que um "figurão" estaria envolvido com o suposto assassinato, Robert afirmou que quando se fala que um crime foi cometido por uma pessoa publicamente conhecida a repercussão é sempre maior do que quando o mesmo delito é cometido por um desconhecido.

Veja as conclusões da autópsia psicológica de Fernanda






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Leilane Nunes
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