O corregedor da Polícia Militar, coronel Marcos David, confirmou que a pistola ponto 40 que o subtenente Hugo Viana Lino usou para matar a esposa pertence à PM e acrescentou que o acusado responderá como civil ao homicídio Neylivia Oliveira da Costa Viana e na esfera penal militar pela tentativa de homicídio contra o sargento Seixas. 

Neylivia Oliveira da Costa Viana foi morta com sete tiros na noite deste domingo (20) dentro de casa no município de Cocal de Telha. 

“É um crime militar porque ele usou a arma da PM para atirar contra um policial militar. No momento em que reagiu à prisão”, disse o coronel Marcos David.

O corregedor explicou que independente do processo judicial comum, o processo militar deve ser finalizado em 60 dias. Ao final de qualquer um dos processos, o subtenente poderá ser expulso da corporação. 

“Ele poderá pegar de 12 a 30 anos pelo homicídio da esposa, isso é a Justiça Comum que irá decidir, mas qualquer condenação acima de dois anos poderá caça-lo e demiti-lo do serviço público”, afirmou o coronel Marcos David. 

O subtenente Hugo Viana Lino permanece preso no Quartel do Comando Geral e segundo o coronel Marcos David, se negou a falar o motivo do crime. Em depoimento à polícia na Central de Flagrantes e à Corregedoria, o acusado declarou que só falaria perante o juiz. 

O corregedor confirmou que Hugo estava de folga no momento do assassinato, mas não soube dizer se ele estava fardado.   

O comandante geral da PM, coronel Lídio Filho, declarou que não aceitará que o acusado fique sem punição, mas considera que o crime poderia ter sido cometido por qualquer cidadão comum. “Pode acontecer com qualquer pessoa, mas ele está entregue à Lei e à Corregedoria e responderá pelos crimes que cometeu”, declarou.