O programa especial em homenagem aos 160 anos de Teresina destacou a força e a tradição das mulheres que ajudam a construir e preservar a história da cidade, como é o caso de Dora medeiros, diretora do museu há 13 anos.

O fato mais interessante exposto em sua entrevista com Indira Gomes é que Dora abre mão de objetos dela para fazer parte do acervo do museu. Um exemplo claro disso é a colcha de 33 anos que fez parte de seu enxoval de casamento e uma cama, que demorou um pouco mais para entrar para o acervo, isto porquê Dora teve que convencer seu tio a fazer a doação.

"É importante preservar a história", e isso é o que alimenta o dia a dia dessa mulher que com carinho e dedicação comanda o mais importante tesouro histório de Teresina.

Seu lugar favorito na casa centenária, é uma sala que representa uma fazenda  e possui objetos como cama, cômoda, criado mudo, cadeira de balanço, além dos objetos de uso pessoal como escumadeira, penico e um valioso urinol de porcelana alemã de 1919, que recriam e levam cada visitante a uma verdadeira viagem no tempo.

Oratórios, santos e terços na parede também são objetos de apreço de Dora medeiros. Destaque para o lustre de sua sala favorita que era aceso com querosene e pavil.

Na lista de grandes mulheres que contam e fazem parte da históiria da cidade, dona Etelvina, não poderia ficar de fora. Nascida em Oeiras, a simpática senhora conta que desde criança aprendeu bordado e trabalhos manuais. Ela que cuida da manutenção das peças do altar da igreja de Nossa Senhora do Amparo, no Centro de Teresina.

Na entrevista com Nadja Rodrigues, dona Etelvina apresenta peças que cruzaram gerações como um cueiro de sua tia mais velha que já tem 98 anos e um mandrião, que é uma espécie de camisola para batizados que passa de pai para filho.