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Clima esquenta com candidatos fazendo perguntas entre si no debate

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No segundo bloco do Debate promovido pela TV Cidade Verde, candidato pergunta para candidato com tema livre. Os políticos focaram seus questionamentos nos temas habitação, saneamento básico e geração de renda. A primeira pergunta foi feita por Maklandel Aquino (PSOL) para Vasconcelo Pinheiro (PCB). 


Aquino falou sobre a greve dos servidores federais e pergunta a Vasconcelo como ele tratará os servidores municipais. 

“A situação é lamentável. O prefeito Elmano não deu aumento a que os servidores tinham direito. Temos um programa para o trabalhador a fim de melhorar o poder de compra. O contracheque do servidor está cheio de empréstimos e cartão de crédito e não tem dinheiro no os aposentados, 20 anos do governo do PSDB, vamos resgatar o salário do servidor para que eles possam atender bem o público. Os professores não receberam retroativo a janeiro, o prefeito implantou o salário, mas não pagou”, respondeu Vasconcelo. 


Maklandel replicou afirmando que defende a participação efetiva dos servidores em sua gestão e que quer os cargos comissionados sejam ocupados por servidores efetivos. “Vamos criar um fórum permanente par dar mais eficiência aos serviços. Os gestores que passaram não deram valor aos servidores. São responsáveis pelo desrespeito”, finalizou.

Na tréplica, Vasconcelo diz que “este é mais um ano de ‘taca’” e que a contra-partida do labor é o bom salário. 

O candidato Emano Férrer (PTB) solicitou um pedido de resposta por se sentir ofendido nos comentários, mas acabou não obtendo autorização por parte dos advogados da OAB, que estão decidindo o mérito no debate. 

Servidores
Em seguida, o candidato petista Wellington Dias perguntou a Elmano. “Estive reunido com servidores e eles me disseram que hoje a prefeitura tem 17 mil trabalhadores efetivos e cerca de 12 mil são terceirizados, além da possibilidade de contratação de equipes especiais. Isso é verdade?”

 

“Eu nunca ouvi falar nisso. Muito pelo contrário, me orgulho em dois anos, ter admitido através de concurso, mais de quatro mil servidores. Eu sou servidor e me orgulho de ser, inclusive fui secretário de seu governo (estadual). Essa pergunta não merece consideração por parte. Ficou só no ouvi dizer. Quem foi que lhe disse isso? É uma inverdade, não merece resposta”, respondeu o candidato à reeleição. 


Na réplica, Dias diz que o município de Teresina vem praticando uma política de troca de servidores a cada nova administração. “Muitas vezes colocam pessoas que não trabalham. Isso está acontecendo agora, no período de eleição e (aconteceu) anteriormente. A situação é precária. Se você precisa de um termo na Procuradoria é preciso procurar em um livro velho porque não tem sistema. Há necessidade de modernizar o sistema”, declara. 

Elmano treplicou: “A situação do município é ótima. É saudável. Temos uma capacidade de endividamento de R$ 1,1 bilhão. Todas as obras que iniciamos estão sendo concluídas. Isso mostra a nossa capacidade de execução e resolução”.

Infraestrutura
Beto Rego (PSB) afirmou que a “situação do povão é horrível”. “Ando por todas as vilas e vejo pessoas que não têm ruas e passaram 25 anos com uma Teresina mal planejada. Não têm estrutura de saúde, educação, saneamento, rua, nem nada. O que o senhor pretende fazer?”, questionou a Daniel Solon (PSTU). 


“A periferia sofre problemas diversos. Não passa ônibus, carro do lixo, ambulância, correios, só passa o camburão. Infelizmente, o governo do qual o senhor faz parte desassiste a população carente e defende a lógica de manter a cidade no sob controle das classes dominantes e exclusão da periferia. Vemos a falta de acesso à saúde e educação criarem problemas sociais que levam pessoas à criminalidade. Defendemos que seja garantido saneamento para as vilas através de uma empresa de obras públicas que irá garantir a regulamentação fundiária a 120 vilas e favelas”, apontou Solon. 

Em sua fala, Beto rebateu dizendo que não cabe ao governo estadual, citado pelo candidato do PSOL, resolver estes problemas. “O senhor está equivocado. Eu represento o povo, o prefeito é que tem que buscar saneamento básico, através de parceria com os governos estadual e federal. O Parque Brasil é só poeira. Na Vila Pantanal, Vila Uruguai, as pessoas vivem tossindo por conta da poeira que inalam. Os humildes não têm rua que possa pisar e ter direito de ir e vir”. 

Na tréplica, Daniel Solon voltou a criticar a administração estadual. “Não é só o Parque Brasil. Em vários bairros falta água um dia, outro dia falta água e outro dia também. O governo Wilson Martins também  tem culpa nisso”, aponta. 

Industrialização
Vasconcelo afirmou que Teresina não é uma cidade industrializada e perguntou a Firmino Filho para Firmino o que ele faria para mudar esta realidade.


“Vamos criar a Secretaria da Economia Popular que vai englobar todas as iniciativas para os pequenos produtores, revitalizar os centros de produção, canteiros, lavanderias, e promover o novo Banco Popular. A farda da garotada das escolas será feita pelas costureiras dos bairros. Queremos também uma nova função para a secretaria de desenvolvimento econômico. Desenvolver o Pólo Sul, concluir a implantação do Pólo da zona Norte e criar o pólo industrial da zona Sudeste perto da rede rodoviária. É preciso que Teresina esteja dentro da discussão do desenvolvimento do Cerrado. Temos que estar ligados com o sul do estado através de uma malha ferroviária que ligará Teresina a Canto do Buriti e Elizeu Martins. Vamos estudar ainda a navegabilidade do rio Parnaíba e gerar emprego e renda para a cidade de Teresina”, pontuou o tucano. 

“As suas proposta são pequenas. Temos que criar e fazer com que os hortifrutigranjeiros sejam a mola mestra do desenvolvimento dessa cidade”, menosprezou Vasconcelo. 

“Queremos fortalecer a economia criativa. Vamos apoiar quem faz moda de design, artesanato, economia da criatividade e pesquisa, economia cultural”, pontua o tucano. 

Em seguida, foi a vez do candidato à reeleição Elmano Férrer (PTB) perguntar Maklandel qual o seu programa de governo para ampliar o mercado de trabalho e os investimentos na capital. 

Maklandel respondeu que irá investir nas agrovilas e hortifrutigranjeiros gerando oportunidade para pequenos empreeendedores. “Vamos tirar incentivos a grandes grupos empresariais porque esses recursos fazem falta para outras demandas como o reajuste dos professores quee ainda hoje não foi cumprido. Queremos fazer uma gestão onde o povo participe e decida onde ao prefeitura deve investir. Também vamos melhorar os mercados públicos”, respondeu. 


Férrer replicou dizendo que as obras realizadas nas vilas durante a sua gestão geraram quase 5 mil empregos. Além disso, o petebista disse que irá incentivar as micro e pequenas empresas, fortalecer o banco popular, qualificar a mão de obra e formar empreendedores.

“O seu discurso é um, mas a prática é outra. O orçamento de R$ 5 milhões para a secretaria de desenvolvimento econômico é inferior ao total que a prefeitura renunciou dando subsídios para grupos empresariais”, relatou. 

Educação
Daniel Solon (PSTU) perguntou a Wellington Dias como o petista vai tratar da educação do município. 


O petista respondeu que respeitará o concurso público, como teria feito como quando governador. “Tive cerca de 10 mil pessoas contratadas. Investiremos em qualificação e para ter equipamentos modernos par ao trabalhador. Queremos que os planos de carreira dêem oportunidade para que ele tenha ascensão, como fiz quando governador. Respeito às leis, aos pisos e presença maior na saúde. Teresina pode ter 343 equipes bancadas pelo Ministério da Saúde, por que só tem 220?”, declarou Wellington Dias. 

Solon declarou que “a prefeitura na situação atual incentiva a privatização do ensino. É difícil acreditar nessa proposta porque o governo do PT fechou escolas, campus da UESPI, acabou com direitos dos professores da educação pública”.

Wellington Dias treplicou: “implantamos o modelo da Universidade Aberta, entregamos pólos da Uespi e Ifpi a municípios de pequenos porte, criando ciclo completo de ensino nas 23 regiões do Piauí”. 

Moradia
Na última pergunta do bloco, o tucano Firmino Filho questionou a Beto Rego qual seria a sua política habitacional. 

Beto disse que irá buscar recursos do governo federal para ampliar a oferta de moradia na capital piauiense. “Vamos cuidar da situação fundiária, porque muita gente vai ser colocada para fora de casa após essa campanha, inclusive em uma vila chamada Elmano Férrer. Não queremos bairros formatados que não dão a minha condição com serviços que atendam a população”, pontuou. 

O tucano retrucou dizendo que durante sua gestão foram construídas mais de 30 mil casas em Teresina, pretende construir mais 15 mil. “Abrigamos 120 mil famílias no (projeto) Vila Bairro. A regulação fundiária irá dar posse a quem precisa e vamos estabelecer o programa Meu Primeiro Lar que vai dar moradia a jovens casais que ainda moram com os pais e às mães solteiras”, pontua. 


“Vila Bairro, não. Vila Molecagem. Não tem posto médico, nem coletivo, só muita poeira nos bairros que continua aqui na minha roupa. Os bairros têm calçamento com pedra bico de papagaio. Os cadeirantes não podem circular”, rebateu Beto Rego, encerrando o bloco. 

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Carlos Lustosa Filho

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