O presidente do Grupo de Repressão ao Crime Organizado, delegado Menandro Pedro, divulgou hoje (02) um vídeo do momento em que os cinco assaltantes entram na agência do Banco do Brasil do município de Miguel Alves. Ele também respondeu aos questionamentos do Ministério Público da cidade acerca de possíveis erros no procedimento da polícia e sobre a possibilidade da polícia ter obtido informações prévias sobre o assalto. Menandro Pedro assegura que a Polícia Civil não sabia do assalto.

"Tomamos conhecimento através do delegado geral [James Guerra] do assalto e de imediato fui para lá. A polícia civil não tinha conhecimento prévio. O que tínhamos eram reuniões com o comando da PM, Núcleo de Inteligência e todos os delegados da Greco. Essas informações que recebemos do Maranhão, Piauí, Ceará. São pessoas passando informações e fazemos levantamento, tínhamos conhecimento da existência de outras quadrilhas. A polícia civil não tinha nenhum conhecimento prévio que ia acontecer esse assalto", declarou.

Menandro explicou ainda que a atuação dos policiais militares estava sendo coordenada pelo comandante de Operações, coronel José Albuquerque, e disse que os policiais militares destacados para Miguel Alves são os melhores dentro da corporação.

A explicação para a grande quantidade de homens da PM que estavam na região no momento do assalto é que a corporação está aumentando o policiamento ostensivo em algumas cidades do interior nos últimos dias de cada mês, datas em que costumam ocorrer pagamentos nas agências bancárias, Correios e lotéricas.

Um outro questionamento do Ministério Público foi se a colocação da barreira da PM na saída da cidade não teria contribuído para a morte do gerente do banco, já que ele estava sendo levado como refém. Menandro respondeu que não existia somente aquela barreira. "Nós pedimos que a PM colocasse barreira não só naquela região mas em outras regiões. Não sei como foi colocada a barreira. A PM é que pode responder", declarou.